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Audiência pública em pauta para discutir o Uber

Vereadores defendem debate do assunto com a população

10 janeiro 2017 - 01h36Por Texto: Rodrigo Branco | fotos: Arquivo Folha
Audiência pública em pauta para discutir o Uber

 Se o vereador de Cabo Frio Van­derlei Bento (PMB) pretende ver aprovado seu projeto de lei que proíbe o aplicativo de transporte Uber na cidade terá que gastar mui­ta saliva com os próprios colegas de Câmara, uma vez que eles estão propensos a abrir a discussão sobre a polêmica matéria com a popula­ção. Inclusive, uma enquete no Fa­cebook e uma audiência pública já estão sendo preparados para debater o assunto.

– Vamos levar a discussão à so­ciedade. Não basta decidir de forma solitária na Câmara. Tenho conver­sado bastante e vejo muita gente a favor da proibição, como os taxis­tas, mas a maioria é contra. Vamos fazer uma reunião para decidir essa questão – comentou o vereador Ri­cardo Martins (SD), que faz parte da Comissão de Constituição e Jus­tiça, onde o projeto encontra-se no momento.

O líder da oposição, Rafael Peça­nha (PDT), foi um dos primeiros a defender a inclusão dos moradores na discussão. Ele é contra a proibi­ção do aplicativo.

– Acho que proibir não é a me­lhor solução. Defendi, inclusive na última sessão, que a CCJ convoque audiência pública para discutir a questão geral do transporte com a população – ponderou Peçanha.

Letícia Jotta (PSC), presidente da Comissão de Tutela Coletiva, por onde a matéria ainda vai passar, fala do projeto com cautela. Ela diz que pretende conversar com os co­legas de comissão, inclusive o autor Vanderlei, para dar opinião sobre a questão.

– Quero ouvir o posicionamento da população. Não li tudo, não vi se (o Uber) vai gerar retorno para a ci­dade. Prefiro analisar antes – disse a vereadora.

Codeço: "Nessa crise não tem como impedir que pais de família trabalhem"

Direta, Alexandra Codeço (PRB) falou que é contra a proibição do aplicativo por causa do momento de crise econômica e desemprego. Contudo, ela defendeu a regula­mentação do serviço para aumen­tar a segurança dos passageiros e o recolhimento de impostos para a cidade por parte do Uber. A verea­dora disse ainda que a concorrência estimula a queda do preço para o consumidor.

– Com a crise que o país e o nos­so município vivem, não tem como impedir que um chefe de família trabalhe para sustentar seus familia­res – defendeu.

Entenda a polêmica – O pro­jeto nº 03/2017 entrou na pauta da última quinta-feira e, de cara, ge­rou controvérsia. A matéria acabou encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem 15 dias a partir da data para po­sicionar-se sobre a questão. O pre­sidente da CCJ, Guilherme Moreira (PPS) prometeu cumprir o prazo.

No Facebook da Folha, milhares de internautas posicionaram-se so­bre o assunto, a maioria em repro­vação à iniciativa. Com o apoio do Sindicato dos Taxistas, Vanderlei Bento marcou posição e defendeu o projeto, como publicado na edição do último sábado.

– (O Uber) não paga taxa nenhuma municipal. Se o táxi paga, por que o Uber não pode pagar? – argumentou.