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Aplicação de multas divide vereadores

Oposição pede dados oficiais, enquanto bancada governista defende ordenamento da cidade

12 junho 2015 - 10h39Por Nicia Carvalho
Aplicação de multas divide vereadores

Nicia Carvalho

A maneira como as multas vêm sendo aplicadas nas últimas semanas em Cabo Frio continua aquecendo os debates nas ruas e, principalmente, na Câmara, onde os vereadores se dividem sobre o tema. Na sessão de ontem, todos os que usaram a tribuna tocaram no tema, seja para defender a fiscalização ao artigo 24 do Código Trânsito Brasileiro, seja para exigir dados oficiais sobre a ação ou para pedir bom senso dos agentes. Além das multas, os sucessivos problemas de gestão do atual governo também foram alvo de crítica.

– Não temos dados da operação da secretaria de Ordem Pública porque até hoje não responderam meu oficio, mas o próprio prefeito ressaltou o aumento de 300 para 15 mil multas aplicadas. A reclamação recorrente é de que não há bom senso nessas autuações – opinou Aquiles Barreto, que propõe que os recursos da arrecadação sejam aplicados em mobilidade urbana.
O vereador Taylor Jasmin (PRB) rebateu as críticas à fábrica de multas e classificou a postura de Aquiles como eleitoreira.
– A aplicação (de multas) cumpre determinação do código de trânsito. Se a guarda cumpre a lei, não vejo onde está o erro. Não aceito criticar agora como se o governo fosse o patinho feio só porque a eleição está próxima – disparou.
Os vereadores Eduardo Kita (PT), Luis Geraldo (PPS) e Celso Campista (PSB) defenderam respectivamente “o bom senso e não a desobediência à lei” e que “a lei precisa ser interpretada, e não avaliada na frieza das letras”, além de cobrar “campanhas educativas à população”.
Já o vereador Vinícius Corrêa (PP) e Vanderlei Bento (PSDB) são favoráveis à medida e o primeiro classificou o levantamento pedido por Aquiles como “não cumprimento às leis” e fez chamamento para que os guardas participassem do debate, da mesma forma que o secretário de Ordem Pública, Renato Viana, foi convidado pelo líder do governo.
– Só os guardas podem aplicar multas e falar sobre a ação deles sem trazê-los ao debate é discurso fácil. As multas são consequência do ordenamento da cidade – rebateu.

 

* Matéria completa na edição impressa da Folha de hoje.