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MEDIDA CAUTELAR OU DE AFASTAMENTO

Agressores de mulheres poderão ter que usar tornozeleira eletrônica no estado do Rio

Projeto de lei foi aprovado na Alerj e agora segue para sanção do governador em exercício

17 março 2021 - 19h31Por Redação

Agressores de mulheres podem ser monitorados eletronicamente, enquanto cumprirem medida cautelar ou medida de afastamento por violência doméstica.  O mecanismo será feito por meio de tornozeleiras, braceletes ou chips, de acordo com a disponibilização dos órgãos de segurança pública do governo.  

É o que prevê o projeto de lei 1.054/15, de autoria dos deputados Martha Rocha (PDT),  Waldeck Carneiro (PT) e  do deputado licenciado Gustavo Tutuca, que foi aprovado em segunda discussão pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quarta-feira (17). A medida será encaminhada ao governador em exercício, Cláudio Castro, que terá até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la.

O agressor deverá ser orientado sobre a utilização do equipamento e sobre os critérios e procedimentos de fiscalização da medida de afastamento. O texto ainda estabelece que o juiz que determinar o monitoramento poderá levar em consideração o grau de periculosidade do ofensor; os antecedentes criminais e a reincidência em violência doméstica. Nos casos em que for determinado o monitoramento, o agressor terá preferência nos centros de educação e reabilitação.

"A ação vai garantir que as mulheres tenham chance de se proteger e acionar a Polícia em casos de descumprimento das medidas protetivas determinadas pelo Poder Judiciário. A expectativa é de que os equipamentos  possam inibir possíveis ações dos agressores, evitando inclusive casos de feminicídio.", afirmou Martha Rocha. 

O texto prevê ainda que as mulheres vítimas receberão um dispositivo móvel para que sejam alertadas sobre a aproximação do agressor. Isso garante a elas a possibilidade de se afastar do local evitando a aproximação com o agressor.