O prefeito de Cabo Frio, Adriano Moreno (DEM), classificou a mudança feita na secretaria na Saúde, com a substituição de Carlos Ernesto Dornellas pelo ex-deputado estadual e policial reformado Iranildo Campos, como "até certo ponto radical". A declaração foi dada durante entrevista no programa Sidnei Marinho, na TV Litoral News, na manhã desta segunda-feira (10).
– O Iranildo Campos foi secretário de São João de Meriti. Fez um excelente trabalho. Foi deputado por quatro mandatos. Tem conhecimento da pasta. E é morador há quatro anos de Cabo Frio. Achamos por bem fazer é uma mudança. Uma mudança até certo ponto radical. Sempre tivemos à frente da pasta médicos. Agora vamos ter uma pessoa qua na realidade não é médico, mas tem uma larga experiência na área da Saúde – afirmou Adriano.
O prefeito justificou a mudança por conta da pretensão de Carlos Ernesto de se candidatar à Câmara Municipal. Adriano afirmou que seria injusto com outros concorrentes ao legislativo manter um candidato à frente da secretaria até o fim do mandato. No entanto, a mesma regra não se aplica ao secretário de Governo, Miguel Alencar, também pré-candidato à reeleição para vereador.
Adriano classificou como "factoide" a informação de que Carlos Ernesto teria se surpreendido com a alteração.
– Foi em comum acorde. Houve muito factoide, muita falácia. Já tínhamos conversado várias vezes. Carlos Ernesto é amigo pessoal meu. Fez um excelente trabalho. Aqueles que não participam do processo podem ter achado que foi coisa extemporânea. Mas foi tudo conversado.
O prefeito foi questionado se a mudança tem relação com lei sancionada esta semana – foi votada na Câmara no apagar das luzes do ano passado – que permite a gestão da saúde municipal por organizações sociais (OSs). O prefeito não respondeu a pergunta objetivamente, mas disse que a possibilidade está sendo estudada devido às dificuldades em se manter a folha de pagamentos da Saúde, considerada muito alta.
– Estamos estudando a implantação de OSs ou de PJs (Pessoas Jurídicas). Temos uma folha na Saúde muito alta. Estamos tentando combater isso desde o primeiro dia [de governo]. As OSs ou PJs são uma realidade no país. Estamos estudando a possibilidade de ser PJs em vez de OSs. O primeiro passo foi aprovar a lei que permitia a criação desse tipo de serviço dentro da máquina pública de Cabo Frio. Aprovamos e sancionamentos essa lei. Em seguida, faremos um processo licitatório dentro da legalidade, com a maior transparência. São R$ 6 milhões que gastamos só com médicos contratados. Nossa intenção é enxugar essa máquina, terceirizando o serviço – disse Adriano.
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