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Polícia Federal prende por atacado na região

Nova fase da Operação Dominação leva para cadeia sete acusados de participar de esquema de Cadu Playboy

04 dezembro 2015 - 09h02
Polícia Federal prende por atacado na região

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimô- nio (Delepat) da PF deflagraram, ontem, a segunda fase da ‘Operação Dominação’, que levou à prisão sete pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro que envolve tráfico de drogas e desvio de recursos públicos de Arraial do Cabo, através da quadrilha do traficante Carlos Eduardo Freire Barboza, o ‘Cadu Playboy’, preso há um ano.

Logo pela manhã, a movimentação dos carros da Polícia Federal em Arraial, em frente à prefeitura, deixou a cidade em polvorosa, uma vez que ela foi o principal foco da operação, que tinha o objetivo de cumprir 14 mandados de prisão, 20 de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva em Arraial, Cabo Frio e na capital fluminense. Ao todo, a Opera- ção, sequestrou R$ 20 milhões em bens do grupo, incluindo prédios, terrenos, dezenas de veículos e dinheiro em espécie. Documentos também foram apreendidos na casa e nas empresas de alguns dos denunciados.

Entre os presos, ontem, estão Jane Mello, mulher do ex-presidente da Empresa Cabista de Desenvolvimento Urbano e Turismo, Francisco Eduardo Freire Barboza, o Chico da Ecatur, preso na primeira etapa da operação em janeiro. Jane é apontada pelo MP como beneficiária do dinheiro do esquema e intermediária do marido e o restante do grupo. Também foram presos dois membros do primeiro escalão do governo cabista, ambos acusados de desviar recursos públicos da prefeitura, para alimentar o esquema: os subsecretários municipais de Governo, Cláudio Sérgio de Mello Corrêa; e de Serviços Públicos, Sérgio Evaristo Plácido de Aguiar, o ‘Vivi’. Agnaldo Silvio Luiz, sucessor de Chico na Ecatur e Pierre de Aguiar Cardoso, tesoureiro da autarquia, também foram presos sob acusação de desvio de dinheiro público.

Segundo o MP, mesmo dentro do presídio, ele continuava dando ordens. Já o ex-presidente da Câmara de Arraial, Arivaldo Cavalcanti, o Dinho, e o empresário Peter Maciokas são acusados de agir para ocultar a origem ilícita do dinheiro, por meio de transações imobiliárias. Também denunciados por participação no esquema, mas considerados foragidos pela Justiça, estão o suplente de vereador de Cabo Frio, João Gomes (PSB); o secretário municipal de Serviços Públicos de Arraial, Marcelo Adriano; o empresário Otto Maciokas, filho de Peter, e Victor Canela, considerado o braço direito de Chico. A segunda fase da operação foi fruto da apreensão de documentos na casa de Chico. As investigações e escutas telefônicas que desencadearam a ação de ontem começaram em abril. Mas o trabalho não deve ficar por aqui.

– Documentos encontrados hoje (ontem) vão ajudar a deflagrar outra etapa – afirmou o promotor da Gaeco, Marcelo Arsenio.