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Polícia

Polícia caça assassino de rapaz morto em São Pedro

Delegado confirma que motivo do crime foi ciúmes de ex-namorada

08 agosto 2017 - 08h26Por Rodrigo Branco e Gabriel Tinoco | Foto: Arquivo Pessoal
Polícia caça assassino de rapaz morto em São Pedro

Miguel Angel Ruiloba foi morto com três tiros na tarde de domingo

A polícia já identificou e está à procura de Enio Márcio Rodrigues Tanikawa, de 36 anos. Ele é acusado de matar com três tiros, Miguel An­gel Ruiloba, de 32, na tarde de ante­ontem, em São Pedro da Aldeia. Mi­guel estava em um ponto de ônibus no bairro Balneário das Conchas, com a namorada, Mayara Costa, de 23 anos. Mayara é ex-namorada de Enio.

O delegado-titular da 125ª DP (São Pedro), Jorge Veloso, afirmou que o crime aconteceu por ciúmes de Enio do novo relacionamento de sua ex. Segundo depoimento de Mayara à polícia, o acusado teria tentado in­sistentente reatar o relacionamento. Como ela se negou, ele matou Mi­guel. Mayara ainda tentou impedi-lo, mas foi derrubada no chão e machu­cou a cabeça.

 – A única coisa que não sabemos é se houve alguma briga anterior entre a vítima e o acusado – diz Jorge Veloso.

Equipes da Polícia Civil trabalham na procura de Enio desde a tarde do último domingo. Como ele está fora­gido, o delegado teve que pedir à Jus­tiça a prisão preventiva do acusado.

De acordo com Jorge Veloso, até o momento as investigações dão conta de que Enio agiu sozinho, ou seja, di­rigia o proprio carro; parou em frente ao ponto, fez os disparos contra Mi­guel e fugiu.

– A arma teria sido uma pistola. Va­mos fazer busca e apreensão na casa dele, de parentes e no trabalho para tentar localizá-la – relata o delegado.

Por ser um crime hediondo, co­metido por motivo fútil, Enio deverá responder por homicídio qualificado. Caso seja preso e condenado, deve pegar, no mínimo, 20 anos de prisão, segundo Jorge Veloso.

Dor e revolta – Familiares e ami­gos de Miguel Angel prestaram sua última homenagem na tarde de ontem.

 O corpo foi sepultado no Cemitério Municipal da cidade, diante do misto de lágrimas, revolta e, principalmen­te, desejo por justiça.

O curso de História da Estácio – onde Miguel se formou em dezembro – decretou luto. O coordenador Paulo Cotias lembra com carinho do aluno.

– Estava cursando a pós sobre História do Brasil Contemporâneo. O mais triste é que estive com ele na véspera do assassinato. Estava super carinhoso, emocional, falando dos planos de fazer doutorado. Foi uma vida abreviada por causa de uma es­tupidez – desabafa.

Quem também esteve com Miguel pouco antes do assassinato foi o estu­dante Antônio Lobo, 20.

– Quando todo mundo estava tris­te, ele que alegrava a todos.

Professor de História, Leandro Leão, 32, conheceu Miguel na Igreja Presbiteriana do Brasil do Balneário.

– Miguel era uma pessoa do bem. Alegre, inteligente e amigo em todos os momentos.