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Patrulhamento

Onda de assaltos assusta moradores de Arraial do Cabo

Polícia promete reforçar o patrulhamento; Delegada Flávia Monteiro divulga número para realizar denúncia

08 dezembro 2015 - 09h10Por Rodrigo Branco

A antes pacata Arraial do Cabo vive dias de medo e não é por causa de recente operação da Polícia Federal na cidade. Nas últimas semanas, a tranquilidade da antiga vila de pescadores vem sendo abalada por uma rotina até então impensável de assaltos.

Os relatos nas redes sociais se multiplicaram nos últimos dias, especialmente no fim de sema­na, embora os números oficiais indiquem apenas três ocorrên­cias em uma semana. Segundo as testemunhas, os crimes têm acontecido a qualquer hora, ain­da que com maior incidência à noite, conforme apurou a Folha.

O perfil das vítimas, assim como os locais, também varia. De ambos os sexos e diferen­tes faixas etárias. Nem os mais idosos têm escapado. O caso de um senhor de 80 anos que além de roubado foi covardemente agredido ganhou a internet e re­voltou os moradores, que estão assustados. Muitos, inclusive, já estão mudando os hábitos, para fugir da criminalidade, fato ini­maginável em um passado nada distante.

– Ela já não saía sozinha, mas agora não fica mais com o celular à mostra e está sempre mudando o percurso – conta a técnica con­tábil Denise Mendonça ao falar do roubo sofrido à noite pela filha de 13 anos, há cerca de 20 dias, na escura Avenida da Liberdade, a poucos metros da prefeitura.

No fim da noite de sábado, na Avenida Getúlio Vargas, o mora­dor Jefferson Danner teve o dis­sabor de ter um revólver 38 apon­tado para sua cabeça depois de sair do trabalho. Perdeu o salário que tinha acabado de receber e aparelhos eletrônicos. A queixa foi feita, mas ficou o medo.

– Moro aqui desde criança, nunca vi isso. Desde que acon­teceu, estou andando com medo porque saio do trabalho às 22 horas – teme.

O comandante do 25º BPM, tenente-coronel Ruy França afir­mou que deu ordem, a partir de ontem, para que o patrulhamen­to seja reforçado em todo muni­cípio, incluindo os distritos de Monte Alto e Figueira, embora ressalte que ainda não há dados oficiais que caracterizem uma ‘onda de crimes’.

– Nos últimos três meses não temos nenhuma incidência des­se tipo de crime na região. Tem que ver se isso está acontecendo e não foi feito o registro – afirma.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta terça-feira (8)