Uma decisão do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou, nesta quinta-feira (26), a soltura de Carlos Eduardo Freire Barboza, o Cadu Playboy, e dos demais presos no processo referente à Operação Dominação 2, realizada em dezembro de 2015 pela Polícia Federal, do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e da Receita Federal. A informação foi publicada no Portal Lagos Notícias.
Entre os beneficiados pela decisão de aguardar julgamento de recurso em liberdade estão o pai de Cadu, o ex-presidente da antiga autarquia de limpeza e serviços públicos de Arraial do Cabo (Ecatur), Francisco Eduardo Freira Barboza, o Chico da Ecatur; o subsecretário municipal de Governo na época, Cláudio Sérgio de Mello Corrêa, o então subsecretário de Serviços Públicos , Sérgio Evaristo, conhecido como Vivi, e o também ex-presidente da Ecatur, Agnaldo Silvio Luiz.
O ex-presidente da Câmara de Arraial, Arivaldo Cavalcanti Filho, o Dinho, e o braço direito de Chico da Ecatur, Victor Pimentel Canellas também serão beneficiados pela sentença.
Por se tratar de processo que corre em segredo de Justiça, o TJ não se manifestou sobre o assunto, mas segundo a reportagem da Folha dos Lagos apurou, o alvará de soltura de todos os beneficiados deverá ser expedido até esta sexta-feira (27), por conta de alguns trâmites burocráticos. Alguns dos beneficiados pela sentença já se encontram em liberdade.
A revisão da prisão dos acusados levou em conta a recomendação nº 62/2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que trata sobre a pandemia do novo coronavírus e de ações de prevenção à doença. Os beneficiados pela decisão foram condenados sob a acusação de pertencer a uma quadrilha que usaria a Ecatur para um esquema de lavagem do tráfico de drogas e desvio de verbas públicas.