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FARAÓ DOS BITCOINS

Glaidson é acusado de liderar um grupo criminoso responsável por assassinar seus concorrentes

Novas denúncias foram divulgadas pelo Ministério Público

12 dezembro 2022 - 14h59Por Redação
Glaidson é acusado de liderar um grupo criminoso responsável por assassinar seus concorrentes

Preso desde agosto de 2021, acusado de liderar um enorme esquema de pirâmide financeira disfarçado de investimentos em criptomoedas, o empresário Glaidson Acácio dos Santos, proprietário da G.A.S. Consultoria, responde, agora, por novos crimes. Segundo o Ministério Público, ele é acusado de liderar um grupo criminoso que perseguia e assassinava quem ameaçava seu império bilionário. Entre as vítimas estão Wesley Pessano, executado a tiros no bairro São João, em São Pedro da Aldeia, em agosto de 2021. Antes dele, Glaidon também teria tentado matar, em Cabo Frio, Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, em março do mesmo ano. Nilson sobreviveu ao atentado, mas ficou paraplégico. Outra vítima teria sido o empresário João Vitor, que conseguiu escapar dos tiros porque estava num carro blindado. As três vítimas eram concorrentes do dono da G.A.S.
 
Gravações divulgadas pelo Ministério Público revelam vários áudios onde Glaidson estaria combinando a morte de Wesley, Nilsinho e João Vitor por “questão de honra”, já que estariam aliciando clientes da G.A.S. Em dezembro de 2021, Glaidson se tornou réu pelo homicídio de Pessano.
 
Na última semana, o Ministério Público deflagrou a Operação "Novo Egito", que envolve as operações criminosas do Faraó dos Bitcoins e possíveis cúmplices. A nova operação é um desmembramento da Operação Kryptos, deflagrada pela Polícia Federal em 2021, e tem entre os novos investigados uma delegada da Polícia Civil do Rio, suspeita de ter recebido propina do faraó dos bitcoins. A batida ocorreu em um condomínio na Barra da Tijuca, região nobre da capital carioca. Ao todo são 17 suspeitos de cometer crimes de assassinato a mando de Glaidson, sendo que 12 já possuem mandados de prisão contra eles. Os outros possuem mandados de busca e apreensão.
 
Investigações da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal apontam que o esquema de pirâmide financeira elaborado por Glaidson teria movimentado mais de R$ 38 bilhões. Em setembro a Justiça determinou que o empresário depositasse R$ 19 bilhões em uma conta judicial para o ressarcimento de clientes que aplicaram dinheiro em criptomoedas na G.A.S. Consultoria. A decisão foi da juíza Rosália Monteiro Figueira, da 3ª Vara Federal Criminal.

No começo de dezembro clientes da G.A.S. Consultoria realizaram um protesto pedindo a prisão de Mirelis Zerpa, esposa de Glaidson. A venezuelana é considerada foragida da justiça por envolvimento no esquema de fraude por meio de pirâmides financeiras com criptomoedas.