sexta, 26 de abril de 2024
sexta, 26 de abril de 2024
Cabo Frio
24°C
Park Lagos Super banner
Park Lagos beer fest
despachante

Despachante, acusado de golpe, nega denúncias

Servidor teria se passado por funcionário da Fazenda de Cabo Frio para lesar contribuintes

19 outubro 2017 - 10h13Por Rodrigo Branco
Despachante, acusado de golpe, nega denúncias

A notícia do suposto envolvimento em estelionato de integrante de uma das famílias mais tradicionais de Cabo Frio agitou a cidade ontem.  O despachante Antônio Cláudio Lopes Fonseca está sendo acusado de ter se passado por funcionário da secretaria municipal de Fazenda para lesar contribuintes.
O caso tem repercutido muito nas redes sociais e pelo menos quatro pessoas já prestaram queixa na delegacia de Cabo Frio. Localizado pela reportagem, Claudinho, como é conhecido na cidade, negou todas as acusações.
A Folha conversou com duas pessoas que teriam sido vítimas do despachante. Somados, os prejuízos ultrapassam os R$ 120 mil. Por vergonha e medo de represálias, nenhuma delas quis se identificar, mas ambas afirmam que houve abordagem de Claudinho dentro da secretaria.
De acordo com uma delas, que mora em Iguaba e conhece o acusado de longa data, o despachante teria oferecido ajuda para resolver pendências sobre o IPTU de dois imóveis. Ele disse que resolveria a questão com facilidade e chegou a apresentar documentos como ‘nada consta’. O pesadelo começou quando um extrato bancário foi retirado.
– Foi pedido um empréstimo em meu nome de 96 parcelas de R$ 1.400. Pediram também antecipação do 13º e o Imposto de Renda. Nessa brincadeira foram mais de R$ 80 mil. Estou com a conta bloqueada e não sei o que fazer. Estou sem renda até para comprar remédios – desabafa a pensionista de 55 anos, que está recém-operada.
Outra suposta vítima informou que o marido acompanhou Claudinho até uma agência bancária no Centro, também sob pretexto de auxílio para resolver questões burocráticas. Após o homem se distrair, o despachante teria programado empréstimos e transferências bancárias para conta dele e de terceiros.
– Meu marido viu barulho de dinheiro ser retirado e perguntou se ele o estava roubando. Implorou para que não fosse à polícia e que a família dele resolveria – relata.
Claudinho rebateu todas as acusações. Ele negou que tenha se apresentado como funcionário da Fazenda,  tampouco que lesou alguém.
– Estou vendo para tomar as medidas cabíveis contra quem falou isso. Qual banco liberaria um empréstimo sem o consentimento ou a assinatura do titular da conta? Eles já tinham feito os empréstimos – defende-se.