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Chico da Ecatur é preso em operação do Ministério Público e Polícia Federal

Ação cumpre mandados de prisão contra 26 pessoas

27 janeiro 2015 - 12h42
Chico da Ecatur é preso em operação do Ministério Público e Polícia Federal

O Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (DELEPAT) da Polícia Federal desencadearam, na manhã desta terça-feira (27/01), a Operação Dominação. O objetivo é cumprir mandados de prisão preventiva contra 26 pessoas denunciadas por tráfico de drogas, organização criminosa, receptação, lavagem de dinheiro e comércio ilegal de armas de fogo, entre outros crimes.

De acordo com a denúncia, a quadrilha era integrada à facção criminosa Comando Vermelho e liderada por Carlos Eduardo Rocha Freire Barboza, conhecido como “Cadu Playboy”. O bando atuava no comércio de drogas em pontos de venda implantados e mantidos em localidades da Região dos Lagos. Playboy também adquiria e recebia de fornecedores e associados armas de fogo e munições de diversos calibres, distribuídos ao resto da quadrilha, além de receber auxílio do também denunciado João Paulo Firmiano Mendes da Silva, vulgo “Russão” ou “Monstro”. Espécie de chefe ativo, João Paulo era integrante da mesma facção criminosa e chefe da Comunidade da Mangueira, no Rio.

Os denunciados também pulverizavam os recursos provenientes do tráfico, distribuindo bens em seus nomes, de modo a dificultar a vinculação destes com o mercado ilegal de entorpecentes.

Francisco Eduardo Freire Barbosa, pai de Playboy e também denunciado, é presidente da Empresa Cabista de Desenvolvimento Urbano e Turismo (Ecatur) e também participou do esquema de lavagem de dinheiro emprestando seu nome para ocultar a origem criminosa do patrimônio obtido pela organização.

A quadrilha também praticou crimes eleitorais no primeiro turno das eleições de outubro de 2014. O líder da quadrilha, Cadu Playboy, arregimentou moradores de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia para a compra de votos e boca de urna em favor de candidatos a deputado estadual e federal. O grupo chegou a praticar atos de violência para afastar cabos eleitorais adversários. O objetivo era lançar a candidatura de pessoas da comunidade ligadas ao tráfico ao cargo de vereador nas eleições de 2016.

A Operação Dominação também cumpre mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de valores de todos os denunciados e das seguintes empresas: Rocha e Vignoli Empreiteira Ltda.; C Vignoli Restaurante e Pizzaria; Locabotur Ltda.; T. Vignoli Comércio; Gordo Pizzas; D. G. Vignoli Confecções;  RCJ Comercio Atacadista de Material de Laboratório Ltda; Douglas Pereira Rocha; Rui Pralon Meireles; B & B Cabo Frio Comércio e Representação e Serviços Ltda.; Bragança e Barboza Ltda; José Vignoli; e Soft Rio Confecção Ltda.

Durante as investigações, que tiveram início em setembro de 2014, foram apreendidos três fuzis, 18 pistolas, 2.821 munições de fuzil, 1.190 munições de pistola, 173 quilos de cocaína, meia tonelada de maconha, comprimidos de ecstasy, 12 carros, um caminhão, embarcações  e R$ 727 mil em dinheiro. Segundo a contabilidade apreendida, o núcleo de Playboy movimentava cerca de R$ 1,8 milhão por mês.