O presidente do fórum LGBT da Baixada Litorânea, Rodolpho Campbell, demonstrou ontem descontentamento com a condução das investigações da morte do professor Nivaldo Marques, 43, que hoje completa dez dias.
Sem entrar em detalhes, o ativista disse que o responsável pelo caso, o delegado-adjunto da 126ª DP (Cabo Frio), Lauro Coelho, se ‘precipitou’ ao divulgar detalhes sobre o crime. Ele reclamou ainda que não tem conseguido se reunir com os investigadores para acompanhar os trabalhos.
– Esse delegado foi muito precipitado em algumas colocações que fez. Na verdade, estou aguardando o retorno no próximo dia 7 do delegado (titular, que está de férias) Carlos Abreu para sentar com ele e rever alguns pontos. Assim como também elencar outros pontos que podem ser primordiais para a investigação. Tentei por duas vezes sentar pra conversar com os delegados de plantão na 126ª DP e não obtive sucesso – comenta Campbell.
A Folha tentou entrar em contato com o delegado-adjunto Lauro Coelho para saber do andamento das investigações, mas na delegacia foi informado que ele não estava. Ele também não atendeu as chamadas da Redação. A reportagem também entrou em contato com a assessoria da Polícia Civil, mas não teve resposta até o fechamento desta edição.
O corpo do profes sor foi encontrado dentro de casa com marcas de estrangulamento e a polícia investiga se o crime teve motivações homofóbicas. Antes de ser morto, ele teria se encontrado com uma pessoa.