O advogado do surfista Victor Ribas, Paulo Badhu, admitiu ontem que era seu cliente quem estava ao volante do Toyota Etios, que atropelou o motociclista Weslei Silva Conceição no Centro, na madrugada do último dia 6 de abril. A Polícia Civil já havia informado que o carro pertencia a Victor, sem, no entanto, confirmar que o atleta o dirigia.
Segundo Badhu, Victor não teria visto a moto do rapaz, pois Weslei estaria trafegando na contramão. O advogado disse ainda que o motociclista estava sem a habilitação. Questionado sobre o motivo que levou o surfista a deixar o local, Paulo Badhu comentou que Victor Ribas teria ficado com ‘receio’ da aglomeração de curiosos.
– Ele saiu de lá e foi direto para a delegacia. Juntou muita gente, ele ficou receoso e foi para a delegacia. Ele saiu do local por precaução. Tinha muita gente, ele sabia que o rapaz ia ser socorrido. Ele se apresentou normalmente. Não teve nada demais – afirmou o advogado.
Paulo Badhu disse que o surfista prestaria depoimento na delagacia na noite de ontem.Mais cedo, o titular da 126ª DP (Cabo Frio), delegado Renato Mariano, tinha afirmado à reportagem que tentava localizar uma ‘testemunha-chave para esclarecer o caso, mas evitou fazer qualquer comentário sobre uma possível responsabilidade.
– Estamos buscando essa possível testemunha, que é isenta e não tem qualquer tipo de interesse no fato. Só poderemos falar em indiciamento e responsabilização depois disso – disse Mariano, que depois não foi localizado para comentar as declarações de Badhu.
Internado há mais de 15 dias no Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, Weslei permanece em estado estável, segundo a secretaria Estadual de Saúde. Sobre uma possível assistência do atleta para Weslei, o advogado de defesa foi breve.
– Ele está “duro” depois que parou de surfar profissionalmente – disse Badhu, classificando como delicada a situação financeira do surfista.
– Eu mesmo estou trabalhando de graça para ele – finalizou.