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Um sacode padrão Fifa

Cabo Frio precisa deixar de lado o sectarismo, a vaidade pessoal, os interesses politiqueiros de egoístas que buscam o poder pelo poder

18 junho 2014 - 17h21

A sociedade cabofriense precisa de um divã. Desmotivada, parece padecer de um misterioso sufocamento, insegurança, mau humor. Ou seriam ressentimentos aliados a um acelerado processo de depressão? O presente é visto com indiferença e o futuro com o receio próprio de quem sofre desses males.

Não é de hoje que este jornal chama a atenção para esse comportamento estranho nos mais diferentes segmentos de Cabo Frio.  Quase sempre é o pessimismo se manifestando, o que coloca a cidade por inteiro diante da quase total falta de perspectivas.

Mas, ao contrário deste mau humor, temos razões de sobra para a motivação, para a alegria, para a manifestação do otimismo de forma a criar expectativas positivas aqui, ali ou acolá. E este é o momento de retomada da alegria, sob pena de estarmos cavando uma monumental sepultura para enterrarmos todos os nossos sonhos.

Às vésperas de 400 anos de história, Cabo Frio tem hoje a estatura de uma cidade em pleno desenvolvimento, seja pelo Aeroporto Internacional ou pela proximidade do Porto do Forno ou pelos pesados investimentos que chegaram e que continuam chegando, como o Shopping Park Lagos, o Terra de Alphaville ou o Club Med, cujas obras estão para ter uma nova retomada.

Mas não é só. O governo federal, através do Ministério da Pesca, tem aprovada uma verba de R$ 23 milhões para a construção de um Terminal Pesqueiro, assim como já existem recursos garantidos, através do Prodetur, para a edificação do Centro de Convenções. O Condomínio Industrial, entre Cabo Frio e Arraial do Cabo, é outro investimento com força para mudar a cara da economia regional. Sem falar na área de Perynas que, a qualquer momento, pode ganhar investimento de grupo europeu.

Mas há outros, muitos outros investimentos, que, no entanto, não são trabalhados de forma a se constituir numa espécie de antídoto para a tal onda de apatia. Mas não é só por aí que passa a indiferença dos mais variados segmentos da sociedade cabofriense.

O nosso verão é uma temporada de alegria, o outono verdadeiro show de luz e beleza e, mesmo assim, caminhamos cabisbaixos. Cabo Frio, todos sabem, é uma cidade festeira, cuja musicalidade de seu povo se manifesta quase todos os dias nos mais diferentes bares, restaurantes e clubes com músicas ao vivo.

Atualmente, vejam bem, Cabo Frio cruza os braços para torcer pela seleção. Estamos em pleno feriadão de Corpus Christi, tradição religiosa que traz turistas dos mais diferentes municípios do país. Concomitantemente temos a badalada Feira Forte e o Festival da Sardinha, na Vila Nova. Mas, mesmo assim, a cidade parece sonolenta diante de tantas coisas boas acontecendo. Mais do que nunca Cabo Frio precisa de um sacode Padrão Fifa. Precisa deixar de lado o sectarismo, a vaidade pessoal, os interesses politiqueiros de egoístas que buscam o poder pelo poder.

Estamos precisando dar a volta por cima. Temos um passado de grandeza história, um presente de realizações e um futuro que não pode, em hipótese alguma, ser visto com receios. Cabo Frio, de braços abertos, precisa ser colocado de frente para o futuro e caminhar para o quarto centenário com uma das cidades que mais crescem neste país. É preciso acreditar, trabalhar e festejar, sempre, a cidade abençoada que Cabo Frio sempre foi.

E nada mais.