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Geral

Vigilantes bancários em greve tentam acordo no TRT

Paralisação da categoria já dura 34 dias

27 maio 2014 - 20h48

Os trabalhadores em vigilância, parados há 34 dias em diversas cidades do estado do Rio de Janeiro, principalmente os seguranças bancários, tentam um acordo para acabar com a greve. Amanhã (28) haverá audiência de conciliação do dissídio coletivo dos sindicatos dos vigilantes e o sindicato patronal no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A situação dos vigilantes bancários faz com que a população não possa efetuar operações em dinheiro diretamente nos caixas, em muitas agências, por falta de segurança.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Vigilantes do Município do Rio de Janeiro, Antônio Carlos de Oliveira, a categoria espera entrar em acordo na audiência de amanhã. Ressaltou, contudo, que "o sindicato das empresas não quis negociar neste ano, e agiu de maneira irresponsável com o acordo salarial. Eles desrespeitaram a categoria, desrespeitaram a Justiça do Trabalho, além de desrespeitarem a sociedade, que está sofrendo com a nossa greve, pois não podem ir ao banco pagar as contas. Nós esperamos que amanhã saia algum resultado que resolva o problema da greve".

A categoria reivindica 10% de reajuste salarial, 30% adicional de risco de vida e periculosidade, aumento do vale-refeição para R$ 20, diária de R$ 180 para os vigilantes que trabalharem na Copa do Mundo com carteira assinada, além de redução da jornada de trabalho, plano de saúde e avanços nas cláusulas sociais.

O Sindicato das Empresas de Seguraça Privada (Sindesp-RJ) informou, em nota, que já foi assinado eordo com 50% dos sindicatos dos vigilantes do estado do Rio, com aumento de 8% no salário, 30% no tíquete-refeição e regulamentação da lei de eventos. A nota assegura que as empresas vão pagar em maio o reajuste para todos os vigilantes, retroativo a março.

Segundo o presidente do Sindesp-RJ, Frederico Crim Câmara, “o sindicato de vigilantes, que ainda não assinou, solicita um acordo inviável, com aumento de 10% no salário, 50% no tíquete, além de risco de vida, e está irredutível. A categoria já ganhou, ano passado, um adicional de 30% de periculosidade, substituindo o risco de vida”.

O sindicato patronal informa ainda que obteve liminar do TRT, estipulando multa de R$ 15 mil por agência, no caso de descumprimento por parte do sindicato dos trabalhadores. “O sindicato já entrou com pedido de cobrança dessa multa, que deve ultrapassar R$ 3,6 milhões em todo o estado”, disse Frederico Crim.