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Diálogo dos Pênis

Um diálogo bem humorado

Marcos Wainberg, estrela da peça “Diálogo dos Pênis”, fala sobre sua carreira e espetáculo

16 janeiro 2016 - 11h53
Um diálogo bem humorado

O cenário simples (a mesa de um boteco), ganha ares de palácio diante da grandeza do texto de Carlos Eduardo Novaes e da interpretação de Roberto Lopes e Marcos Wainberg. Não à toa, o diálogo entre dois amigos chega ao 15º ano de sucesso pelos palcos do país. A fórmula? Várias, mas certamente a interatividade com o público é um dos pontos fortes. Em cartaz neste sábado, às 21h30, no centro de convenções do Hotel Green Hotéis, na Vila Nova, em Cabo Frio, o ‘Diálogo dos Pênis’ promete ser a grande atração do fim de semana para quem quer gargalhar. E assinante da Folha tem 50% de desconto. Em visita à redação do jornal, ontem, o ator Marcos Wainberg, que está na peça há 15 anos, afirmou que não consegue “encontrar texto melhor que esse”.

Folha dos Lagos – Quinze anos em cartaz... o que te fez se apaixonar por este projeto no teatro?
Marcos Wainberg –
Poucas vezes contei isso: quando me convidaram para fazer o espetáculo, ele já estava há dois meses em cartaz, e por algum motivo o ator [Hélio Ribeiro] que fazia o personagem que faço teve um problema de coração e não podia continuar. A peça havia sido criada para ele e o Roberto Frota. Eu fui assistir e não gostei, achei muito puro, ingênuo, falava de bunda, dos desejos masculinos, não sei, não fez minha cabeça. Só que eu estava com três amigos: minha mulher, uma amiga nossa e o Gilberto, que também é ator. E os três riam, riam muito, o tempo inteiro e eu ficava olhando o espetáculo: não era ruim, mas não me fazia rir. Não queria fazer o espetáculo. Mas os três me encheram a paciência, dizendo que eu tinha que fazer, que era a minha cara e acabei fazendo. Fiz muitas mudanças, fui inserindo piadas, fui moldando e me encaixando.

Folha – E nesse período muita coisa mudou, política, economia, cultura....vocês também foram adaptando o diálogo sobre o universo feminino?

Marcos – Cheguei aqui e dei de cara com três mulheres na redação, de repente começou a aparecer homem. Você vai numa secretaria, delegacia, ministério, e hoje quem está mandando é a mulher. A gente sempre respeitou muito a mulher, o espetáculo fala sobre mulher, com muito humor, respeito, mas principalmente com muito amor. É claro que tem piada machista e muita mulher fica puta, mas por termos dois personagens diametralmente opostos, enquanto um ataca outro defende. E aí inverte também, de uma maneira tão absurda que em vários momentos meu personagem é aplaudido, mas em outros, e este é o momento principal para saber se o público está acompanhando é uma vaia enorme que meu personagem leva.

Folha – Por quê?

Marcos – Aí não posso contar, tem que ir conferir (risos). O público fica puto com meu personagem. É uma vaia violenta.

Folha – Imagino que seja por alguma questão machista...
Marcos – Não. É uma razão da relação dos dois. O espetáculo conta a história de dois grandes amigos, dois extremos que se atraíram. Eles só têm um segredo na vida de um, que é revelado nessa conversa. É aí que acontece o gancho do espetáculo e que vem a vaia.

O ESPETÁCULO
Diálogo dos Pênis
Centro Convenções Hotel Green Hotéis
(Av. Teixeira e Souza, em frente ao Princesa)
Hoje e 30/01 – 21h (Classif.: 16 anos)
Ingresso: R$ 70 (Info: 2645-6890)

*Leia entrevista completa na edição impressa da Folha dos Lagos deste sábado