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Trimestre com aumento de casos de estupro deixa polícia em alerta

Autoridades garantem prioridade no atendimento e na investigação dos crimes

02 fevereiro 2016 - 09h38

O relatório do Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgado há cerca de duas semanas, revela que o número de casos de estupro na área do 25° Batalhão da PM caiu 24% (de 288 pra 217) em 2015 com relação ao ano anterior. Mas, ainda de acordo com o levantamento, se for levado em conta apenas o último trimestre do ano passado, houve aumento de 48% (54 para 80) comparado aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2014.

Atentas ao problema, as autoridades garantem que dão total prioridade à investigação dos casos. Por conta disso, de acordo com a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Cláudia Faissal, a taxa de resolução desse tipo de crime na unidade chega a 90%.

A delegada enfatiza a importância do imediato registro da ocorrência para que os casos de violência sexual não se multipliquem. A maioria deles, ela garante, acontece dentro da própria casa da vítima.

– O autor do crime não estupra uma vez. Quando há um combate efetivo se inibem novos estupros. Se não houver combate imediato, acaba havendo reincidência – adverte Cláudia Faissal.

Recém-chegada à delegacia de Arraial do Cabo (132ª DP), Flávia Monteiro prefere se aprofundar nas estatísticas locais para comentar a respeito do relatório. Independentemente disso, a delegada destacou que a unidade redobra os cuidados no atendimento às vítimas de abuso sexual. Segundo ela, muitas deixam de fazer o registro policial por vergonha ou medo.

– Aqui ela (a vítima) vai se sentir mais à vontade porque vai ser atendida por outra mulher. Encaminhamos para exame de corpo de delito e, se necessário, para atendimento psicológico – ressalta a delegada de Arraial.

Sua antecessora no cargo, Juliana Rattes, agora está em Rio das Ostras, cidade que não faz parte da área de atuação do 25° BPM, mas onde esse tipo de crime segue em níveis alarmantes apesar de queda de 40% em um ano. Na semana passada, inclusive, uma jovem de 17 anos foi encontrada morta com marcas de violência sexual depois de quatro dias desaparecida.

– É preciso evitar ir sozinha a lugares ermos. E não se deve confiar nem marcar encontros pelas redes sociais – adverte.

*Leia a matéria completa na edição impressa desta terça-feira.