Em meio à recente onda de sumiço de patrimônios públicos na cidade, o caso dos bancos da orla da Praia do Forte intriga especialmente os cabofrienses, sobretudo pela quantidade de peças levadas: 12 em um intervalo de 50 metros, entre a Rua Francisco Mendes e a Avenida Nilo Peçanha. A partir daí, as versões para o desaparecimento dos assentos são divergentes.
Uma fonte ligada à Prefeitura, que preferiu o anonimato, afirmou que os bancos foram retirados por funcionários da Comsercaf que os teriam levado para um local desconhecido. Contudo, o diretor da autarquia, Alexandre Sant’Anna negou a informação.
– Se tivesse sido retirado por nós estaria no nosso pátio (que fica em São Cristóvão), o que não aconteceu – alega.
Não é o que afirmam funcionários de estabelecimentos que funcionam na orla. De acordo com um deles, que preferiu não se identificar, um dos bancos foi retirado ‘por homens da Prefeitura’ há alguns dias, no fim da tarde. Segundo o funcionário ouvido pela reportagem, a retirada foi feita para reparos, uma vez que as peças estariam parcialmente danificadas pela ação de moradores de rua ou de pessoas que praticam ginástica no local.
– Como roubariam tantos bancos, mesmo de madrugada, sem ninguém perceber? – questionou o rapaz.
Seja como for, a Prefeitura tratou de descartar qualquer serviço de reparo. Em nota, a administração municipal informou que após ser comunicada ‘dos furtos e danos ao patrimônio público’ tomou providência junto à polícia e aguarda a apuração e solução do caso. A Prefeitura disse ainda que foi registrado um boletim de ocorrência foi feito e que está colaborando com as investigações.
Praça do Cova – Em Arraial do Cabo, o dilema é outro: saber o paradeiro das pedras portuguesas retiradas das obras de revitalização da Praça Daniel Barreto, popularmente conhecida como Praça do Cova, cuja reinauguração está prevista para 16 de dezembro.
Procurado, o secretário de Obras do município, Adiel Almeida, afirmou desconhecer o destino do material. O secretário levantou a hipótese de que parte das pedras tenham sido destruídas, mas disse que a questão de um eventual reaproveitamento ficaria a cargo da secretaria de Serviços Públicos.
No entanto, nem o responsável pela pasta, Francisco de Assis, nem a Prefeitura de Arraial retornaram à reportagem até o fechamento desta edição.