A Polícia Militar está de luto. O corpo do soldado Valério Albuquerque foi enterrado na manhã desta sexta-feira (4), no Cemitério Santa Izabel, em Cabo Frio. Valério foi assassinado na tarde de ontem (3), por volta das 14h, em uma emboscada na Via Lagos, sentido Rio de Janeiro, na altura do km 55. Ele e um subtenente reformado faziam o transporte de R$ 6 milhões para a empresa de valores Expert. Muitos carros da polícia estão em frente ao local - que reúne, sob o signo da emoção, amigos, parentes e colegas de profissão.
O subtenente Mauro Bernardo, líder do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do qual Valério fazia parte, descreve o amigo como um "garoto trabalhador e de boa índole". Eles trabalharam juntos na noite de quarta-feira.
"Não existe superhomem dentro da Polícia Civil, da PM e dos Bombeiros. Ele morreu honestamente trabalhando para ajudar a família. Deixa a gente muito triste. Trabalhava conosco na guarnição há pouco tempo. Participou das duas últimas ações do GAT: uma apreensão de drogas e a prisão de um assaltante às Casas Bahia. Ele que capturou o assaltante. Trabalhamos à noite, e agora vem essa notícia", disse.
Valério ainda era criança quando Bernardo o conheceu.
"O garoto sempre foi trabalhador. Quando o conheci, ele trabalhava como frentista em posto de gasolina. Tinha condições de ficar em casa, mas preferia trabalhar. Era um dos melhores policiais do batalhão. Vamos ficar com apenas três policiais no GAT. Não vou colocar outro. Valério estará presente conosco em espírito".
Primo do soldado, Diego Albuquerque de Melo ressalta que Valério amava o que fazia.
"Ele era meu irmão. Vivia na nossa casa. Minha mãe era madrinha dele. É até difícil falar. Era o que ele gostava. Era o sonho dele. Morreu feliz, em paz, no serviço que ele amava."
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