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Silas

Silas Bento se diz contra ‘maldades’ de Pezão

Em entrevista, deputado estadual fala sobre situação política do Rio e de Cabo Frio

20 fevereiro 2017 - 19h30
Silas Bento se diz contra ‘maldades’ de Pezão

O deputado estadual Silas Bento (PSDB), que estava na suplência, assumiu o mandato em janeiro e, agora, tenta construir caminho de oposição na Assembleia Legislativa (Alerj). Ele critica o que chama de “pacote de maldade” do governador Luiz Fernando Pezão e garante voto contrário a todas as medidas. Silas diz  que é cedo para avaliar o governo do prefeito Marquinho Mendes (PMDB), mas acaba desfiando uma série de críticas, sem se esquecer de criticar a fala do mandatário que acabou virando bordão de oposicionistas:  “farinha pouca, meu pirão primeiro”.

Folha –  Como tem sido estes primeiros dias de mandato?

Silas – Apesar do pouco tempo, posso afirmar que estão sendo particularmente positivos.

Folha – Como analisa o pacote do governador Pezão?

Silas –  Este projeto vem contra os anseios da sociedade, além de prejudicar diretamente o servidor público. Como parlamentar de primeiro mandato, chego na Alerj no segundo tempo, um momento tenso e complicado. Há dificuldades para difundir, de maneira positiva, as realizações dos trabalhos do mandato enquanto não forem concluídas as votações do pacote da venda da Cedae.

Folha –  Algum acordo para votação em conjunto com Janio Mendes, também de Cabo Frio?

Silas – Somos de siglas diferentes. Silas Bento é do PSDB, oposição; Jânio Mendes é do PDT, partido que vem acompanhando o governo PMDB nas votações nesse parlamento.

Folha –  Qual será sua posição em cada votação deste pacote?

Silas – Atualmente, no cotidiano dos debates na Alerj, muito se discute sobre as questões de como foram elaborados esses projetos e da forma como querem que sejam aprovados. Após uma profunda análise sobre os mesmos, com autoridades técnicas e a voz do povo, posicionar-me- ei em prol da sociedade votando a favor do povo.

Folha – Seu voto é pessoal ou segue a orientação do PSDB?

Silas – Posso afirmar que meus princípios norteadores da vida, a confiabilidade nas minhas decisões e minha fé no todo poderoso, decidiram meu voto. Meu voto é pessoal, nominal e intransferível, mas quero deixar registrado que o PSDB me deixou à vontade.   

Folha –  Qual  a saída para a crise no Estado do Rio?

Silas – Apesar da pergunta ser objetiva, a resposta demanda análises em diversas esferas do governo. Inicialmente de plano, faria a convocação de todos os representantes dos Poderes e das instituições representativas de classe. Em seguida, buscaria a opinião pública. A população não é responsável pela crise econômica, moral e ética instalada no Estado, e, por isso não pode, sofrer qualquer tipo de redução em seus direitos. Buscaria sempre as medidas a favor do trabalhador, fazendo política de incentivo de arrecadação de impostos e não taxando cada vez mais o povo. Por fim, aplicaria uma política de austeridade no Estado e faria redução dos gastos públicos.

Folha –  Marquinho Mendes?

Silas – É prematuro fazer uma avaliação do mandato dele. Existem motivos que me conduzem a uma resposta madura, de não falar nada fora do tempo. No entanto, posso e devo lembrar superficialmente sobre suas promessas de campanha que até a presente data não foram cumpridas. No pleito eleitoral usava como bandeira a Política de austeridade (corte de gastos), a transparência do governo (Portal da Transparência),  o pagamento em dia dos funcionários, a limpeza da cidade, a reabertura de hospitais e não fechamento de hospitais e escolas municipais. Mas o que vemos é uma  política de contratos emergenciais superfaturados e da “ farinha pouca, meu pirão primeiro”, proclamado no discurso de posse.