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Shopping Park Lagos prevê recuperação em 2021

Superintendente espera retomada de patamar econômico de 2019

26 fevereiro 2021 - 10h45Por Julian Viana
Shopping Park Lagos prevê recuperação em 2021

Um passo de cada vez. Primeiro, a vacina. Depois, a imunização maciça da população. Com isso, após meses de crise por conta da pandemia, chegou a hora de se preparar para o reaquecimento dos negócios. No Shopping Park Lagos, o superintendente Ricardo Rodrigues acredita que no segundo semestre deste ano o empreendimento conseguirá recuperar o cenário econômico que tinha em 2019, a depender de como andar a vacinação no país. 

Para alcançar o objetivo, o superintendente explica que ideias precisaram ser tiradas do papel, já que o shopping é reconhecido por gerar conteúdos e eventos. 

– Por conta da pandemia, estamos focados em promover eventos ao ar livre. Estamos inclusive pensado em um espaço drive-thru para shows voltados para as crianças, que poderão assistir aos eventos dentro dos carros no nosso estacionamento. Estamos desenhando também um circuito de corridas de ruas, que será realizado em três etapas, e estamos desenhando outras atividades esportivas, que serão patrocinadas pelo shopping. A gente vai se virando com o que a gente pode neste momento, que está sendo complicado para todo o mundo – relata Ricardo. 

Ricardo Rodrigues também conta que novos contratos estão em processo de assinatura e uma fase de expansão do shopping começou a ser projetada. 

– Acredito que em 2021 iremos começar uma obra de expansão de estacionamento e de lojas. Estou bem otimista em relação ao ano a partir do 2º semestre – relata. 

Os desafios durante a pandemia – O superintendente não esconde que passar pela pandemia tem sido desafiador, principalmente no início. 

– Jamais passou na cabeça de qualquer ser humano da gente fazer parte da história de maneira dolorosa. O shopping na sua essência é um espaço comercial que tem como característica sempre manter as suas portas abertas, de não fechar nunca. Existem apenas duas datas ao ano que o shopping fecha as suas atividades, que são os dias 25 de dezembro e 1º de janeiro. O ano passado foi completamente atípico. Fechamos em março e só reabrimos em agosto. Hoje em dia, ainda temos muitas restrições e está sendo um desafio muito grande – conta. 

O plano desenvolvido pela Argo Desenvolvimento e Gestão, companhia que administra o Park Lagos, foi fator decisivo durante os meses mais agudos de crise. 

– A Argo foi uma das poucas administradoras do Brasil que conseguiu antecipar o cenário ruim que se desenhava em março do ano passado – ressalta o superintendente acrescentando que a administradora desenhou um plano de longo prazo para a manutenção dos seus lojistas. 

– O plano foi elaborado em três etapas, sendo elas: a isenção do aluguel das lojas e a redução de custo condominial em 50% na época que o shopping estava fechado; o funcionamento do shopping em horário parcial; e a análise de cada loja. Esse plano foi certeiro e nos fez perder pouquíssimas lojas – relata. 

Na avaliação do superintendente, o que proporcionou uma sobrevida ao comércio até o mês de dezembro de 2020 foi o auxílio emergencial, que efetivamente injetou um dinheiro mínimo na economia. Com o fim das parcelas do auxílio emergencial, o 2021 começou sendo bem desafiador. 

– Sabíamos que o mês de janeiro, sem o auxílio emergencial, iria ser um mês mais complicado. Todo este cenário de Covid e de dificuldade ao combate à evolução do vírus dificultou bastante, mas sempre existe uma luz no fim do túnel. A expectativa da volta do auxílio emergencial, por menor valor que seja, a partir de março, e a vacinação dos idosos, que deixa a população economicamente ativa um pouco menos insegura para mover a economia, devem melhorar todo este cenário. É nisso que a gente acredita.

O controle rigoroso com os processos de prevenção ao Covid-19 é uma das maiores preocupações no momento. 

– Nós temos um controle extremamente rígido em relação aos protocolos de prevenção e disseminação do vírus. Contamos com a aferição de temperaturas, disponibilização de álcool em gel e placas que sinalizam o distanciamento, que são necessárias neste período. Temos também uma manutenção diária no sistema de ar condicionado; as portas da praça de alimentação e de acesso ao shopping ficam abertas durante todo o dia e contamos também com uma restrição da praça de alimentação. Somente assim a gente consegue passar uma segurança para os nossos clientes. 

Ainda que o movimento do início do ano tenha sido tímido, devido principalmente aos decretos da Prefeitura com regras para a entrada de turistas na cidade, o superintendente acredita que, de outro lado, um aumento substancial do número de casos acarretaria em novo fechamento do shopping. 

– Acredito que essa situação foi resultado das aglomerações feitas durante as festas de fim de ano. Com os índices de contaminação aumentando no mês de janeiro, a Prefeitura precisou fazer um decreto solicitando a apresentação dos testes de covid para todos aqueles que viessem para Cabo Frio. Esse decreto, de certa forma, afastou os turistas. Para não fechar o comércio, a Prefeitura soltou um decreto que diminuiu a vinda do público. Mesmo sendo ruim para o comércio, a decisão foi prudente porque senão poderíamos estar fechados novamente por conta do aumento do número de casos – finaliza.