Servidores municipais de Cabo Frio se reúnem hoje tratar pauta de reivindicações do funcionalismo público. O encontro acontece às 15 horas, em frente ao Largo de Santo Antônio, em Cabo Frio. A assembleia acontece depois de ato promovido na tarde de ontem, em frente ao prédio da prefeitura, em que governo e trabalhadores não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial. A educação quer 13%; governo oferece 5,83%. Por falta de acordo, desde ontem promove uma paralisação de 48 horas.
Ontem, pressionado pelo protesto o prefeito Alair Corrêa (PP) chegou a sair do seu gabinete para conversar com os manifestantes em plena praça, mas, cobrado para que mostrasse as contas municipais, chegou a sugerir extraoficialmente um reajuste imediato de 6%, com reposição gradual das demais perdas e convocar nova reunião com os servidores para a próxima segunda-feira, o que não foi aceito. Sob vaias e protestos, o mandatário abandonou a reunião após ser ter sido hostilizado por alguns manifestantes.
– Vou mostrar para vocês todo o raio-X da Prefeitura, porque eu não vou ficar de mentiroso aqui – irritou-se.
No entanto, enquanto dirigentes sindicais discursavam, uma comissão de trabalhadores foi recebida na sede do Executivo, entre eles, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindicaf), Olney Vianna. Ele criticou o comportamento de alguns de seus colegas, mas negou que exista um ‘racha’ no movimento.
– Existem opiniões divergentes, mas a unidade do movimento não fica abalada por uma situação que aconteça numa assembleia ou ato. Tem gente que acha que a negociação tinha que ser agora e tem que gente que acha que poderia esperar até segunda. Temos que respeitar a opinião de cada um, mas qualquer proposta de negociação deve ser encaminhada à assembleia. Se ela deliberar que devemos avançar, tudo bem, senão que apresente uma proposta palpável – disse.
Para a diretora do Sepe-Lagos, Denise Teixeira, o balanço da movimentação foi ‘muito bom’. Segundo ela, houve uma adesão de 80% dos funcionários da Educação à paralisação. Mesmo salientando que o prefeito não estava disposto a negociar, ela aprovou a participação da categoria.
–A categoria veio maciçamente. A maior parte das pessoas que estavam aqui é da Educação, salvo algumas exceções. A gente conseguiu que prefeito nos atendesse pela pressão das pessoas. Ele disse que apresentaria as contas, que o que a gente dizia não era verdade e as contas não foram apresentadas. É mais uma promessa descumprida – afirmou a sindicalista.