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Servidores da Educação e Saúde de Cabo Frio fazem manifestação

Trânsito está complicado em ruas do centro 

18 outubro 2016 - 10h58
Servidores da Educação e Saúde de Cabo Frio fazem manifestação

Cabo Frio viveu nesta terça (18) mais um dia na sua rotina de manifestações de servidores públicos municipais, principalmente das áreas da Educação e da Saúde, que reivindicam o pagamento de três meses de salários atrasados. Desta vez, o protesto interditou por uma hora a Avenida Teixeira e Souza, no Centro, uma das mais movimentadas da cidade.

Um grupo se reuniu com cartazes e faixas em frente a um prédio comercial onde o prefeito Alair Corrêa (PP) mantém um escritório particular. Gritando palavras de ordem e entoando músicas irônicas, os manifestantes chamaram a atenção dos comerciantes e de pedestres que passavam pelo local. No momento mais tenso, servidores atearam fogo a montes de lixo e entulho em frente ao edifício.

O Corpo de Bombeiros foi chamado e logo apagou as labaredas. Pelo menos três viaturas da Polícia Militar acompanharam o protesto, mas não houve incidentes. Com isso, os policiais se limitaram a organizar o trânsito, que ficou confuso no local, uma vez que não havia agentes da Guarda Municipal.
Segundo informações de funcionários, Alair não estaria no prédio no momento da manifestação, apenas sua secretária. Apesar disso, ele não perdeu a chance de criticar os professores e profissionais da Educação em sua conta no Facebook, chamando-os de ‘baderneiros’.

“Esses são os professores de nossa cidade, ‘educadores’ espalhando lixo nas ruas do centro de Cabo Frio. O mês que a prefeitura deve venceu dia 7/10, mesmo assim eles vem recebendo a oito meses sem trabalhar por estarem em greve. Que professores esses de nossa cidade, vergonha total, Turma de baderneiros!”, postou o prefeito, junto a uma foto provavelmente tirada do escritório.

Admitindo que a atual gestão deixará a Prefeitura, em dezembro, com dívidas de pelo menos dois meses com os servidores, a diretora de imprensa do Sindicato dos Profissionais da Educação, Denise Teixeira, disse que a categoria vai cobrar seus direitos até o último dia de mandato de Alair.
– Já vamos para três meses de atraso de uma verba que é alimentícia. Muitos servidores não têm como manter as contas básicas das suas casas. Então até o último minuto a gente vai continuar nas ruas – prometeu.

Segundo a sindicalista, na última quinta-feira, profissionais da Educação conseguiram um novo arresto judicial de R$ 4 milhões nas contas do município, mas desde então não receberam qualquer quantia da Prefeitura.

Problemas em profusão – Além da falta de pagamento do salário e de parcelas do 13º do ano passado, os servidores reclamam da demissão de profissionais e da falta de infraestrutura na rede, o que ocasionou no fechamento de várias unidades, incluindo o tradicional colégio Rui Barbosa, na última segunda. O quadro caótico foi mostrado na edição da Folha de sábado.

*Atualizada às 18:36