O voto de confiança dos servidores da Educação de Cabo Frio com relação ao novo governo transformou-se em cobrança. Passado o quinto dia útil sem o pagamento dos salários de dezembro, a categoria tratou de demonstrar publicamente a insatisfação.
Em assembleia virtual realizada nesta sexta-feira (8), cerca de 200 professores e profissionais de ensino elaboraram uma extensa pauta de reivindicações para apresentar ao secretário de Educação, Flávio Guimarães, nesta segunda-feira (11).
Os educadores resolveram elevar o tom após declarações públicas do prefeito José Bonifácio (PDT) de que não toleraria manifestações na Ponte Feliciano Sodré. Além disso, a falta de cadeira no Gabinete de Soluções contra Covid, instituído pelo prefeito, pegou mal junto à categoria. Por fim, os servidores alegam que há R$ 15 milhões em caixa relativos ao Fundo da Educação Básica (Fundeb), valor suficiente para honrar a folha salarial sem atraso.
Além da questão salarial, os educadores pretendem cobrar do secretário a reintegração dos funcionários contratados que foram dispensados no começo da pandemia; a realização do concurso público no próximo mês de março; e a convocação dos aprovados do concurso de 2009, entre outros pontos.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para saber o motivo da falta de pagamento, apesar de haver dinheiro em caixa, mas ainda não obteve resposta.
E caso ela não venha de forma convincente depois da reunião da próxima segunda, a breve trégua dos educadores tem tudo para se tornar numa panela de pressão com menos de um mês de governo.

Manifestações de rua foram constantes nas últimas gestões em Cabo Frio - Crédito: Arquivo Folha


