Os profissionais da Educação de Cabo Frio, em greve desde o dia 8 de dezembro devido aos sucessivos atrasos no pagamento de salários, só retornam às salas após recebimento total do 13° que foi parcelado em cinco vezes. Por conta disso, o ano letivo de 2015 está pendente e as novas matrículas estão suspensas. A afirmação é da professora Denize Alvarenga, que confirmou nova assembleia da categoria para a próxima sexta-feira, às 18h, na Escola Municipal Edilson Duarte. Ontem, o Sindicato da Educação (Sepe Lagos) protocolou na Prefeitura de Cabo Frio pedido de abertura das negociações.
– Somente 3° e 9° anos foram encerrados encerrados para não prejudicar quem passou em vestibular. Enquanto não pagar não voltamos, mas as decisões são tomadas em assembleia e pode ser que isso mude – explicou Denize, acrescentando que 70% das escolas de Cabo Frio estão paralisadas.
Segundo ela, desde o início da greve, o governo municpal se recusa a chamar a categoria para negociação. Mas, se em terras cabofrienses, os protestos e greves marcaram os últimos cinco meses do ano passado para o governo municipal – além da Educação cruzaram os braços os funcionários da limpeza urbana, guardas municipais, Saúde – o mesmo não se pode dizer de cidades vizinhas.
Exemplo é o que ocorre em Arraial do Cabo, que de acordo com a prefeitura encerrou 2015 com “saldo positivo” tendo pago o salário de dezembro a todo o funcionalismo no penúltimo dia do ano e o 13° salário em cota única. De acordo com a nota, o prefeito Wanderson Cardoso de Brito adotou medidas de contenção de despesas como alternativa para tentar manter as contas em dia. Uma delas foi a redução de 15% dos contratos com fornecedores.