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Sepe senta hoje com a Prefeitura

Negociação desejada, enfim, está planejada para acontecer na Secretaria de Administração

26 janeiro 2016 - 10h23
Sepe senta hoje com a Prefeitura

A reunião que o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos) tanto queria com a Prefeitura de Cabo Frio está marcada para hoje. Os integrantes do sindicato vão sentar à mesa com o secretário de Administração, Juliano Almeida, para discutir o pagamento de salários na data correta e renegociar o 13º salário, que foi parcelado em cinco vezes pelo governo – a categoria quer recebê-lo integral. A reunião acontece às 11h, na Secretaria de Administração. 

A notícia foi dada aos servidores no início da noite de ontem, em assembleia realizada pela classe na sede do Sindicato dos Estivadores. Na reunião, também foi anunciado que haverá reunião com o departamento jurídico do Sepe para estudar ações legais contra a Prefeitura de Cabo Frio e o prefeito da cidade, Alair Corrêa (PP).

O acampamento em frente à sede do poder público vai continuar, assim como a greve. Ontem à tarde, a Folha conversou com a diretora do Sepe, Denise Teixeira, e a professora Mônica Almeida, que participa do acampamento, sobre diversos pontos relacionados à causa:

Arrecadações – “Estamos na rua fazendo pedágio, bazar de roupas e livros, até porque o repasse ao Sepe está dois meses atrasado. Temos panfletos que explicam nossa causa e todas as pessoas em geral nos atendem. Com isso já arrecadamos R$ 480 no primeiro pedágio, cerca de R$ 180 no segundo. As pessoas passam o tempo todo e perguntam se precisamos de algo. Então chega água, comida, lanche. Manifestação de carinho através das doações”, disse Denise Teixeira. “Temos recebido doação de roupas e livros, que vendemos a preços populares para conseguir dinheiro para alimentação das pessoas acampadas. Além disso a gente recebe bastante doações de alimentos da população (água, pão) que tem vindo dar apoio. Muita gente vem aqui, inclusive turistas que perguntam o que está acontecendo”, Mônica Almeida.

Acampamento – “A maior dificuldade é o banheiro. A noite é mais complicado. Durante o dia usamos os da prefeitura ou então de empresas privadas e de pessoas que moram próximo e ajudam o movimento. Sempre tem gente em alerta, se revezando, para tomar conta do acampamento. Toda verba arrecadada com o pedágio vai pro acampamento”, Denise Teixeira. “É difícil, temos o mínimo de conforto. Hoje (ontem) temos 14 barracas e somos grupos de 30 pessoas que se revezam. No fim de semana teve umas situações estranhas como gente tirando foto de longe. Mas não vamos recuar porque a nossa luta é justa. Queremos apenas nossos direitos constitucionais.”, Mônica.

Segurança – “O protesto é pacífico e não houve nenhum embate entre manifestantes e as forças de segurança como Guardas Municipais e a Polícia Militar. À noite a PM ou a guarda passam, mas no fim de semana não tinha. Mas a gente fica atento, uns dormem outros não para evitar furto, ou qualquer outra coisa, mas tem sido tranquilo” Mônica Almeida. “A gente não deixa o acampamento sozinho e também revezamos por conta disso. Mesmo à noite, alguns ficam acordados para cuidar, vigiar o acampamento”, Denise Teixeira.

*Leia a matéria completa na edição impressa da Folha dos Lagos desta terça-feira