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Sem holofotes, mas com muito trabalho

Secretarias 'menores' se desdobram em tempos de vacas magras

20 janeiro 2017 - 20h30Por Rodrigo Branco
Sem holofotes, mas com muito trabalho

Marcados pela tentativa de apagar os incêndios deixados pela gestão anterior, os 20 primeiros dias do governo Marquinho Mendes tiveram o protagonismo das maiores secretarias da estrutura municipal, como a de Fazenda, Desenvolvimento da Cidade, Saúde e Educação. Mas isso não significa que as pastas de menor orçamento ou consideradas menos prioritárias nesse turbulento início de mandato estejam apenas fazendo número.

Mais distantes dos olhares, alguns secretários e coordenadores tentam arrumar a casa para o dia em que os cofres estiverem mais forrados. O verbo ‘arrumar’ não é força de expressão. Assim como aconteceu em outros setores, as secretarias menos abastadas sofrem com problemas de estrutura, salários atrasados e até mesmo de despejo, caso da Cultura, que em fevereiro vai sair da atual sede, no Itajuru, para uma sala nos fundos do Charitas. Mesmo com as dificuldades, o secretário Ricardo Chopinho destaca as ações iniciais da sua gestão.

– Estamos promovendo o (evento) ‘Cultura do Amanhã’ com atividades em frente ao Teatro Municipal. Com artistas locais e sem gasto para o município. A gente tem um calendário oficial e vamos promover a Semana Teixeira e Souza no final de março, pois está previsto em lei municipal – disse Chopinho.

No Esporte, a ordem também é gastar pouco e, se possível, rachando as despesas. O mantra no setor é a palavra ‘parceria’, segundo o secretário José Antônio Odilon. Como a Prefeitura não tem certidões negativas junto à União, recursos federais para reformas e obras estão descartados no momento. Com a grana curta – são de R$ 3 milhões de orçamento previstos para este ano – Odilon aposta nos mutirões de limpeza nos ginásios e na cessão de espaços para eventos esportivos e projetos comunitários.

– Queremos começar a respirar esporte novamente. Acho que em 30 dias teremos novidades. Estamos conversando com empresários e em breve teremos um grande passeio ciclístico pelas cidades da região – diz, Odilon, que tem conversas avançadas com a Confederação Brasileira de Taekwondo para realização de treinos no ginásio do Portinho, e com os organizadores de um torneio de futsal para surdos.

Se o momento atual não é propício para celebrações, quem trabalha com elas tem que pensar em médio e longo prazos. Ligada à Secretaria de Turismo, a Coordenadoria de Eventos trabalha no calendário oficial da cidade enquanto não possui os recursos para promovê-los. O objetivo é retomar as festas portuguesa e nordestina.

– Não há outro caminho a não ser a junção do poder público e da iniciativa privada. Não temos aporte para isso, temos que contar com a ajuda de empresas. Nosso potencial turístico é enorme, o que pode trazer um retorno financeiro para o município – disse o coordenador Saulo Mira.

Responsável pelas políticas municipais de inovação, a Coordenadoria de Ciência e Tecnologia tem ficado às voltas com questões bem mais prosaicas, como a regularização dos convênios de estágio com as instituições de ensino superior da região. Como o vínculo havia sido rompido no governo anterior, os alunos de faculdades que estagiavam na Prefeitura não estavam cobertos por apólices de seguro. Além disso, o coordenador Alessandro Teixeira ainda tenta conhecer o setor, que é vinculado à Secretaria de Educação.

– Não tivemos acesso a qualquer documento antes de assumir, pois não houve transição – disse Alessandro.