Enquanto lutam para se eleger e, a partir de janeiro, tentar colocar os problemáticos cofres cabofrienses nos trilhos, os candidatos a prefeito da cidade têm penado para colocar as contas de campanha em dia. Sem o aporte financeiro de empresas, proibido por lei este ano, a dificuldade para não ficar no vermelho tem sido grande.
Dos seis concorrentes, dois estão às voltas com o chamado ‘cobertor curto’, ou seja, gastaram mais do que arrecadaram, levando-se em conta os dados que constam no site do Tribunal Superior Eleitoral. De acordo com o TSE, o maior rombo, no momento, é na campanha de Paulo César (PSDB).
Pelos dados oficiais, entraram nos cofres da candidatura tucana apenas R$ 14,5 mil contra gastos de R$ 205,6 mil. Um déficit de mais de R$ 191 mil. A expectativa, contudo, é que a gangorra se equilibre nos próximos dias, uma vez que no site consta somente um registro de prestação de contas. O maior credor até agora é a Empresa Brasileira de Propaganda Ltda., do publicitário Paulo de Tarso, responsável pela política de comunicação do tucano.
No ‘cheque especial’ de campanha também está Janio (PDT), que até agora arrecadou R$ 207,3 mil, mas gastou R$ 257,6 mil. Na página do TSE, quem aparece como o maior doador de campanha o empresário e ex-presidente da Acia, Adelício José dos Santos (R$ 39,5 mil), seguido do diretório estadual do PDT (R$ 25 mil). Entre as despesas lideram as com pessoal (R$ 96, 5 mil) e com materiais impressos (R$ 52 mil). Até o momento foram 12 registros de entrega de dados, o último de 24 de setembro.
Marquinho Mendes (PMDB), por sua vez, está no azul, mas por pouco mais de R$ 8 mil. Enquanto sua campanha arrecadou R$ 282,4 mil, os gastos foram de R$ 274,3 mil. Segundo a Justiça Eleitoral, o diretório estadual do PMDB aparece como maior doador ao injetar R$ 100 mil. Curiosamente, 103 dos candidatos a vereador da coligação doaram mais de R$53 mil do valor arrecadado.
Com mais dificuldade de conseguir contribuições, Adriano Moreno (Rede) e Cláudio Leitão (PSOL) estão tendo que meter a mão no bolso para viabilizar suas campanhas. Até o momento, o socialista fez cinco prestações de conta. Dos cerca de R$ 9 mil amealhados até agora, pouco mais de R$ 4 mil saíram da carteira do próprio candidato. Já os R$ 8,9 mil gastos aparecem como despesas com ‘publicações por materiais impressos’.
Adriano é o maior contribuinte da própria campanha, com R$ 20 mil dos R$ 56,8 mil arrecadados. No ranking dos gastos, foram desembolsados R$ 17 mil com a produtora dos programas de rádio e TV e R$ 13,7 mil com adesivos. Ao todo, foram seis prestações de conta, a última em 23 de setembro.
Já o candidato do PHS Carlão, até agora não possui registro de prestação de contas no site do TSE.