Inaugurada no fim de março com status de instituição-modelo, a escola Patrícia Azevedo, no Jardim Esperança, engrossa a lista das unidades municipais de ensino que estão com as portas fechadas por causa de problemas na infraestrutura. O local está fechado para aulas desde outubro por causa de infiltrações em diversas partes do teto. Uma equipe da Prefeitura foi enviada ontem para fazer o reparo em um dos pontos, mas em outros a estrutura de gesso ameaça ceder.
Mas os contratempos não se resumem a isso. De acordo com a diretora da escola, Amanda Gonçalves, os extintores de incêndio estão com a validade vencida e a fiação elétrica de algumas dependências fica exposta (foto), levando perigo aos alunos e funcionários. Atualmente, apenas os servidores administrativos da secretaria dão expediente no local, no entanto, a precariedade das condições ameaça fechar totalmente a unidade até que a situação seja resolvida.
– Apesar da greve e do quadro reduzido, conseguimos ter aula até outubro, mas depois disso ficou impossível com essa estrutura. O sentimento é de impotência. Lutamos muito com a comunidade, que não tinha uma estrutura dessas, que é boa e espaçosa. Conseguimos o espaço, mas simplesmente não conseguimos usá-lo – afirma Amanda, há cinco anos à frente da escola, que anteriormente funcionava em imóveis alugados, como igrejas.
Segundo a diretora de imprensa do Sindicato dos Profissionais da Educação, Denise Teixeira, a escola foi entregue inacabada.
– Foi inaugurada sem condições. A cozinha sequer tinha pia – comentou.
Em nota, a Prefeitura afirmou que ainda faltam ‘alguns pequenos ajustes e conclusão de obras’. A pasta informou ainda que a decisão de entregar a unidade ainda com algumas pendências foi para ‘dar melhor comodidade aos alunos e não atrapalhar o ano letivo’. Por fim, a administração municipal disse que a secretária de Educação Luana Ferreira já se reuniu com a direção e a equipe de engenharia da pasta para acertar os últimos detalhes e em breve a situação estará normalizada. No entanto, não deu prazo de quando isso acontecerá.
Com o fechamento da escola, estão sem aulas 394 alunos, divididos em dois turnos e 18 turmas até o 5º ano do ensino fundamental.