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fabrica de multas

Secretário vai contestar ‘Fábrica de Multas’

Levantamento vai apontar índices de multas e apreensões em Cabo Frio

09 julho 2015 - 10h28
Secretário vai contestar ‘Fábrica de Multas’

NICIA CARVALHO

Depois de inúmeras reclamações e tentativas de se obter dados oficiais sobre a atuação da Guarda Municipal de Cabo Frio no que se refere à aplicação de multas e apreensões de carros – que gerou a alcunha “fábrica de multas”, criada pelo vereador Aquiles Barreto (SD) – o secretário de Ordem Pública, Renato Vianna, afirmou em entrevista à Folha dos Lagos que prepara levantamento oficial. O motivo seria para “acabar com a politicagem eleitoreira envolvendo a guarda”. E mais: segundo ele, os índices são os mesmo da gestão passada, só que com “mais eficiência”, conforme classificou.

Seja nas ruas ou na Câmara de Vereadores, onde os embates e as críticas têm sido veementes, a discussão sobre o tema não cessa. No início do mês passado, durante uma sessão, Aquiles criticou a demora da secretaria em responder ofício em que questiona dados oficiais da pasta. Por outro lado, o prefeito Alair Corrêa (PP) já havia declarado em entrevista aos meios locais de comunicação que a aplicação de mulas saltou de 300 para 15 mil.

– As pessoas sabem que têm que cumprir a lei de trânsito e toda hora tem campanha educativa sobre isso, seja nacional ou local. A Guada Municipal apenas cumpre a lei – disparou.

Folha dos Lagos – Qual média de multas e de apreensão de veículos em Cabo Frio desde que o rigor começou? Qual o índice no mesmo período do ano passado?

Renato Viana – A média é a mesma do governo passado. Não mudou nada, só mudou a eficiência do trabalho. Estou fazendo um levantamento, com gráficos, e vou divulgá-lo apenas quando estiver totalmente pronto para acabar de uma vez com exploração política que vem sendo feita em torno disso, com a politicagem eleitoreira envolvendo a Guarda Municipal.

Folha dos Lagos – Recebemos denúncias de que o rigor da guarda não se estende para áreas da periferia, por exemplo. É verdade? Por quê?

Renato – A postura não é diferente e a Guarda não multa porque eu mando. Quando o agente está na rua ele lavra o auto de infração de acordo com tudo que ele observou de errado. Se o guarda vê a irregularidade e não aplica a multa ele está prevaricando. Então a postura é idêntica, desde que haja irregularidade.

Folha – Mas frequentemen- te há reclamações de irregula- ridades no Jacaré, mas só no Centro a atuação é rigorosa...

Renato – O Centro é mais movimentado do que qualquer outro bairro da cidade, seja por conta de moradores locais ou de cidades vizinhas. Apenas por isso a quantidade de infrações no Centro é maior, e não porque a guarda não atua em outros locais. No Centro vê-se de tudo: vaga de idoso ou deficiente que não é ocupada por quem de direi- to, assim como o passeio públi- co. Isso tem que ser reprimido. Mas não há escolha de bairro.

*Leia a entrevista na íntegra na edição impressa da Folha desta quinta-feira.