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MEIO AMBIENTE

Secretaria de Meio Ambiente convoca mutirão para limpar praias de Cabo Frio nesta sexta (20)

De acordo com Mario Flavio Moreira, vegetação chegou em ‘quantidade muito acima do imaginável’

19 dezembro 2019 - 20h26Por Rodrigo Branco

A grande quantidade de vegetação que continua a chegar às praias de Cabo Frio, principalmente nas Conchas e no Peró, levou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente a pedir ajuda para a sociedade civil a fim de remover o verdadeiro ‘tapete verde’ que está espalhado na beira do mar. A pasta convocou a população para participar de um mutirão de limpeza, hoje, a partir das 9h, com ponto de encontro próximo ao mastro da Bandeira Azul.

O volume de plantas das espécies gigoga e taboa surpreendeu a Comsercaf, que apesar de manter o esquema habitual de limpeza das praias em dois turnos, não está conseguindo dar conta da tarefa. Apenas na quarta-feira foram retiradas 80 toneladas das plantas das areias cabofrienses, incluindo Tamoios, Praia do Forte e Foguete.

 A assessoria de comunicação da autarquia informou que, por causa da proximidade da alta temporada e a necessidade de preparar a cidade para chegada dos turistas, não será possível aumentar o número de funcionários das equipes que atuam nas praias. O secretário de Meio Ambiente, Mario Flavio Moreira, voltou a ressaltar que a vegetação não oferece risco aos banhistas, mas admite que o problema tem uma dimensão inesperada.

– A vegetação chegou em quantidade muito acima do imaginável. Várias praias foram atingidas, porém as do Peró e das Conchas estão em estado crítico nesta quinta. A Comsercaf está fazendo o possível para retirar o material, mas sozinha não vai dar conta – explicou o secretário.

Chefe de parque pede investigação do MPF e da Polícia Federal

Conforme a Folha publicou na edição de ontem, as plantas são provenientes do município de Carapebus, no Norte Fluminense, onde um canal da Lagoa do Paulista foi aberto de forma irregular durante as fortes chuvas da semana passada. Com isso, a vegetação alcançou o mar e, levada pelas marés, atingiu a Região dos Lagos.

O chefe do Parque Nacional Restinga de Jurubatiba, Marcelo Braga Pessanha, fez um sobrevoo de helicóptero no local onde foi aberta a comporta de forma irregular e enviou as imagens feitas para o Ministério Público Federal, em Brasília. Na sexta-feira passada, antes mesmo de a vegetação chegar à Região dos Lagos, Pessanha já havia entrado com notícia-crime ambiental na Polícia Federal de Macaé, também para pedir a apuração das responsabilidades. Antes da ação ilegal, uma das comportas havia sido aberta, mas com a autorização da unidade de conservação, que tem gestão do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICM Bio).

Segundo o chefe do parque, “populares abriram de forma clandestina e ilegal a barra da lagoa do Paulista, de domínio do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba” e a “ação  criminosa foi precedida da tentativa de abertura da barra da Lagoa de Carapebus, também de forma criminosa. Em relação a Lagoa de Carapebus, os populares só não lograram êxito porque a Prefeitura Municipal de Carapebus solicitou, e obteve, autorização de nossa Unidade e abriu a barra de forma legal”.