O sorriso com que o superintendente do Shopping Park Lagos, Ricardo Rodrigues, recebe a reportagem ressalta o otimismo de quem tem boas notícias para dar. Em pleno momento de retração econômica, Ricardo comemora o fato do centro comercial ter assinado 14 novos contratos apenas no primeiro trimestre do ano. Destes, ele ressalta o vínculo firmado com a loja Caçula, especializada em artigos de artesanato e informática, que será inaugurada no próximo dia 13 de maio. Com a chegada dos novos parceiros e a abertura de outros espaços para a família, o superintendente espera consolidar a posição do shopping no mercado.
Folha dos Lagos – Como explicar o aumento do interesse pelo shopping num momento de pessimismo econômico no país?
Ricardo Rodrigues – Temos alguns fatores que têm um impacto positivo. É na crise que você consegue fazer os melhores negócios e tem o maior poder de negociação. Os investidores estão olhando com esses olhos. E tem o investimento que a gente fez aqui. Fizemos aqui uma Feira de Franquias, com 350 inscritos e quase 200 participantes. Isso fomentou muito o negócio dentro do shopping e a gente está colhendo os resultados agora.
Folha – Como está o desempenho do shopping neste ano?
Ricardo – Nesse primeiro trimestre, assinamos 14 novos contratos, entre eles, o da Caçula, que está chegando na região com uma loja de 1.800 metros quadrados. Ela vai ser geradora de 60 empregos diretos e terá um fluxo muito grande no shopping. Convido a todos para a inauguração no próximo dia 13 de maio. No dia anterior, vai começar um evento de uma semana chamado Caçula Artes Manuais, que é um grande workshop de artesanato, com cursos que são ministrados pela Caçula, mas que aqui mudou de nome, por causa da parceria com a Prefeitura e o Sebrae, e passou a se chamar Cabo Frio Artes Manuais. Também no dia 13, o shopping vai inaugurar o espaço Park Kids, com 600 metros quadrados de área infantil, com operação de um ‘player’ local, a Casa da Árvore, que vai abrir sua terceira casa de festas. Nessa área a gente vai ter arvorismo e uma piscina de bolinhas de 200 metros quadrados. Será um espaço voltado para a família e para as crianças de toda a região.
Folha – Como manter o público fiel na baixa temporada?
Ricardo – É isso que a gente está fazendo, investindo em atrações e novidades. Este empreendimento é único na região, então tudo o que acontecer de novidade e as marcas relevantes têm que acontecer aqui primeiro. É dessa maneira que a gente vem trabalhando: investindo muito na parte infantil e trazendo marcas de atração como a Caçula, que era desejada em toda a Região dos Lagos. A gente também tem projetos maiores em andamento, como a expansão do Cine Araújo. É com isso que a gente vai fazer o diferencial na baixa temporada. E isso já vem surtindo efeito. Tudo bem que a gente teve esses feriados prolongados, mas o meu fluxo de estacionamento em abril está 35% maior do que o ano passado. Março fechou 8% acima. Então o que a gente também vem entendendo agora, com o shopping completando três anos, é que ele é um centro polarizador da região, então muitas marcas que fecharam no Centro ficaram abertas aqui porque você consegue abranger um público maior. Quem vai ao centro de Cabo Frio, geralmente é morador de Cabo Frio, mas quem vem ao shopping é morador de Cabo Frio, São Pedro, de Arraial do Cabo, de Araruama, ou seja, das cidades do entorno. Então você consegue polarizar a atingir um número maior de clientes. A gente vem trabalhando para qualificar esse ‘mix’ e com muitos eventos, que a gente vai voltar a fazer esse ano.
Folha – Quais as novidades para os próximos meses?
Ricardo – Além das inaugurações que eu falei, a gente tem as campanhas do Dia das Mães e dos Namorados, que começa 26 de abril e vai até 12 de junho. Vamos sortear um Hyundai HB20 e 36 relógios Chilli Beans. Um cupom será dado a cada R$ 200 em compras. De segunda a quarta, esse cupom é triplo e na loja da Chilli Beans, também. Então teremos quase dois meses de promoção casando essas duas datas.
Folha – Qual meta de ocupação de lojas e em quanto tempo pretendem chegar nela?
Ricardo – O shopping conta hoje com 160 lojas e temos 104 contratos ativos. São 56 lojas vagas. Pretendo chegar ao fim do ano com, no máximo, 25 lojas vagas. Ou seja, em número de metro quadrado de ABL (área bruta locável) é bem baixo. A gente vai estar com menos de 10% de vacância, que é um número muito bom para o cenário atual. Esse número é mais ou menos o que os shoppings trabalham, até para fazer a troca de operação.
Folha – Qual o perfil do consumidor do shopping?
Ricardo – A gente realizou uma pesquisa em setembro e outra em janeiro para entender justamente essa variação, por que a gente sabe que o público muda muito na alta temporada. É muito nítido que, durante o ano, 70% do nosso público é de Cabo Frio e de São Pedro da Aldeia e o restante das demais cidades que compõem a região, inclusive de Araruama e Saquarema. É um público muito voltado para família, de meia-idade para cima. Na alta temporada muda completamente o perfil: o público de Cabo Frio frequenta menos o shopping e tem mais gente de fora, tanto da cidade, como do Estado. Um público mineiro e argentino muito forte. O shopping atende a todas as classes, até porque é único, mas ele é muito mais forte nos públicos B e C. Beliscando um pouco do público A e do público D também.
Folha – Qual o grande diferencial do shopping?
Ricardo – Primeiro é que é um centro polarizador. Para o lojista isso é muito importante. Algumas lojas que tinham operação no Centro e no shopping, fecharam no Centro e permaneceram no shopping. Para o lojista e para o cliente tem o espaço climatizado, segurança e estacionamento, coisa que você não encontra no centro da cidade. Esse é que é o grande diferencial e por isso que os investidores estão vendo com muito bons olhos o shopping. Nosso fluxo vem crescendo em relação ao Centro, que é o nosso maior concorrente. A tendência é que com as novas operações e os novos serviços isso fique cada vez mais nítido.