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Retirada de quiosques tem incêndio

Uma das barracas pegou fogo, mas bombeiros agiram rapidamente

21 abril 2017 - 10h41Por Rodrigo Branco
Retirada de quiosques tem incêndio

Foi em clima de tristeza e desolação entre os comerciantes que começou ontem a remoção dos quiosques da Prainha, em Arraial do Cabo. O trabalho transcorreu sem incidentes até o meio-dia e meia, quando uma das barracas começou a pegar fogo, assustando quem estava no local. O Corpo de Bombeiros foi imediatamente acionado e rapidamente chegou ao local para controlar as chamas. Não se sabe se o incêndio foi provocado ou resultou de algum acidente, no entanto, algumas pessoas foram flagradas jogando objetos para alimentar o fogo.

Chamou a atenção de quem estava no local o forte aparato de segurança, montado após circular a informação de que poderia haver protestos e resistência por parte dos comerciantes. Somente da Prefeitura, foram mobilizados cerca de 100 funcionários, entre agentes da Guarda Municipal, da Guarda Ambiental, da Fiscalização de Posturas e da Secretaria de Serviços Públicos, entre outros. A Polícia Militar enviou oito carros para a operação, mas reduziu a quantidade pela metade durante a remoção das barracas.

Boa parte dos alimentos e bebidas compradas pelos comerciantes para o feriado de Tiradentes ainda estava nas geladeiras e freezers, apesar de o prazo para retirada dos pertences ter acabado. Alguns quiosqueiros choravam e uma mulher chegou a passar mal.

Horas antes do começo da operação, foi tentada, sem sucesso, uma solução junto ao prefeito Renatinho Vianna (PRB). Renatinho soltou uma nota no fim da noite de anteontem lamentando a situação, mas alegando que não teria como ajudar. A sentença previa multa pessoal e diária de R$ 1 mil para Renatinho, caso a Prefeitura descumprisse a decisão.

“Entendo perfeitamente o clamor social que envolve a situação dos quiosqueiros e de todas as famílias que dali retiram seu sustento, contudo, deve ser lembrado que o problema vem se arrastando desde 2013, quando a antiga Administração firmou acordo para a demolição dos quiosques e a revitalização da orla da Prainha. É importante levar ao conhecimento de toda a população que o TAC não foi cumprido por exclusiva irresponsabilidade do ex-prefeito que poderia e deveria ter realizado a obra e cumprido a decisão judicial e não o fez”, diz trecho da nota.

A postura da Prefeitura, contudo, não convence o advogado que representa os quiosqueiros, Marcos Meneses.

Para ele, o município está ‘inerte’ diante da questão.

 – Tem que perguntar para o município se vai continuar a deixar a orla do jeito que está. Vai deixar muita gente desempregada porque não houve planejamento – disse Meneses.