A partir de 1º de novembro, os proprietários de quiosques, boxes e bancadas de peixe terão que arcar com as próprias despesas de energia elétrica, que não serão mais pagas pela Prefeitura de Cabo Frio, como vinha sendo feito até então. Somente em um dos 15 quiosques da orla da Praia do Forte, a conta mensal varia entre R$ 2 mil a R$ 2.800, na alta temporada, e R$ 900 a
R$ 1.800, na baixa temporada.
A declaração, feita na última quinta-feira (15) pelo prefeito Alair Corrêa (PP), faz parte do pacote de contenção de despesas para driblar a queda na arrecadação de receitas municipais.
– A partir de agora, eles terão que providenciar os próprios marcadores de consumo de energia e cada um terá que pagar a sua conta. Tenho que diminuir todos essas gastos para ajustar receita e despesa – afirmou.
Nicanor Sampaio, proprietário do quiosque Nica’s Lanche, na orla, afirmou que os valores devem aumentar na alta temporada, período de maior movimentação nas cidades da Região dos Lagos.
– A partir do mês que vem a conta vai ser bem maior porque tivemos todos esses reajustes e o movimento aumenta. Então, gastamos mais – contou.
O proprietário que não tiver marcador próprio de energia instalado até o dia 31 deste mês terá o estabelecimento temporariamente interditado até que as mudanças necessárias sejam providenciadas.
Na Praça da Cidadania, os donos de cada um dos 212 boxes que oferecem produtos diversos como artesanato, variedades e gêneros alimentícios, também terão que bancar as próprias contas. Em alguns dos espaços, cuja estrutura física foi cedida pelo governo municipal, funcionam equipamentos como freezers e chapas elétricas. No entanto, até o fechamento desta edição, a Folha não obteve retorno sobre o valor mensal da conta de luz dos boxes tanto na alta quanto na baixa temporada. Apesar da crise, durante o encontro no teatro, quiosqueiros também solicitaram melhorias à Prefeitura para a praça. O prefeito, por sua vez, prometeu realizar uma licitação para construção de banheiros no local.Além de pedir reformas, os proprietários reclamaram da quantidade de skatistas na praça e dos carros de som alto, que “atrapalham as vendas”.