Que a crise econômica brasileira chegou para valer na região não é nenhuma novidade. Os números não mentem e os repasses dos royalties em franca queda, há meses, assustam Cabo Frio e cidades vizinhas. O último golpe foi o repasse da parcela trimestral de novembro, quando chegaram aos combalidos cofres cabofrienses ‘apenas’ R$ 3.126.748,33, contra R$ 37.295.100,06, recebidos na cota do mesmo mês, em 2013. Isto significa uma queda de 92% em dois anos.
As parcelas mensais do recurso também não passaram imunes aos problemas na Petrobras e ao declínio no preço do barril de petróleo no mercado internacional. A cota mais recente, recebida no fim de outubro, foi de 8.939.109,53, valor 43,7% menor do que o depositado no mesmo mês do ano passado, que foi de R$ 15.876.258,37.
Especialista diz que falta transparência
Em que pese o impacto na economia que representa a perdas dos recursos, a alegação de que apenas isso justifica os problemas da cidade não é totalmente verdadeira. Isso é o que diz o economista Leandro Cunha, que publica coluna na Folha às sextas-feiras. O especialista defende ainda a abertura das contas da prefeitura para que se saiba com exatidão o impacto da queda dos royalties e das medidas de contenção de despesas já tomadas no caixa municipal.
– Macaé e Rio das Ostras passaram pelo mesmo problema e conseguiram se ajustar. A coisa está mal explicada e não fica claro para a população. A sensação que dá é que houve má gestão dos recursos e as medidas necessárias não foram tomadas – diz.
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