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Protesto reúne alunos e professores em São Pedro da Aldeia

Protesto reúne alunos e professores em São Pedro da Aldeia

Manifestantes fazem ato pelos atrasos nos pagamentos da rede estadual

03 março 2016 - 10h39
Protesto reúne alunos e professores em São Pedro da Aldeia

Em apoio aos professores, estudantes de quatro escolas de São Pedro fizeram  protesto ontem (02) – Divulgação Ascom SPA

 

Estudantes da rede estadual de São Pedro da Aldeia foram às ruas para dar apoio aos professores, que entraram em greve pelos atrasos no pagamento e pelas condições precárias das salas de aula, na manhã de ontem. Dezenas de alunos das escolas Ciep, José Rascão, Feliciano Sodré e Nobu Yamagata fecharam a RJ-124, o que causou engarrafamento de dois quilômetros, com pedidos de melhorias. A categoria decretou paralisação geral em assembleia no Rio de Janeiro, na manhã de ontem, com cinco mil profissionais da Educação.

Além do pagamento integral do 13º salário, estavam na pauta as seguintes reivindicações: reajuste salarial, retorno do calendário anterior de pagamento, o aumento do desconto da previdência, concurso público, criação do Plano de Cargos e Salários (PCCR), redução da carga horária, fim dos parcelamentos, enquadramento e atendimento da pauta pedagógica. A professora de física Flávia Padro lembrou que a manifestação foi uma iniciativa dos estudantes.

– A manifestação partiu dos alunos. Eles reclamam da infraestrutura da escola, que está cada vez mais caótica. Mas nós, professores, também temos nossos objetivos. Reivindicamos reajuste salarial e estamos contra o reajuste do percentual descontado para previdência, previsto para passar de 11% para 14%. Só por aí dá para ver que a situação é muito ruim – comenta.

Além da questão salarial, os profissionais também reclamam da sensação de insegurança.

– É importante ressaltar a ausência de um porteiro nas escolas, o que torna o ambiente bastante vulnerável. Estamos sem proteção. Algumas escolas já perderam ar condicionado e, provavelmente, a merenda começará a faltar. Esses são problemas a serem pontuados, porque atingem os dois lados: professores e alunos – explica a professora de história Gabriela Lopes.

A aluna do terceiro ano do Ensino Médio, Nathalia Oliveira, do Feliciano Sodré, esteve presente para protestar contra os descasos sofridos. Ela não aguenta mais estudar com infraestrutura precária.

– Além de apoiar os professores, também temos motivo: a realidade do nosso dia a dia. Em algumas escolas, o ar condicionado já foi retirado e não há ventiladores. Há falta de merenda em boa parte das escolas. Inclusive, em alguns colégios, quando chove, fica quase impossível dar aula, porque a falta de manutenção no prédio é grande. As salas estão superlotadas, o corte de verbas é surreal e há rumores de que o pré-vestibular social seja cortado. Infelizmente, o atual Governo do Estado fecha os olhos para nossa realidade – lamenta a estudante.