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prostituição

Prostituição no Parque Riviera, Cabo Frio

Reunião por audiência acontece na terça

05 setembro 2015 - 09h00

RODRIGO BRANCO

 

Está marcada para esta terça-feira uma reunião que vai decidir a data de uma audiência pública proposta pelo vereador Vanderlei Bento (PSDB) para discutir ações e estratégias para acabar com o ponto de prostituição que funciona nas ruas próximas ao Terminal Rodoviário Alexis Novellino, no Parque Riviera.
O encontro terá a participação de representantes das forças de segurança, como o comandante do 25º Batalhão da PM, tenente-coronel Ruy França e a delegada-titular Flávia Monteiro e da subsecretária de Assistência Social, Ilana Bento. O vereador afirma que a receptividade à sua iniciativa tem sido boa desde a divulgação, há dez dias. Na ocasião, ele disse à Folha que o alvo da ação não seriam as prostitutas e sim os seus agenciadores.
– Existem os críticos que criticam tudo e às vezes tem lado político diferente, mas a população e as famílias em geral estão bem positivas. Lembrando que a proposta envolve auxiliar as travestis psicologicamente também, pois cada uma tem um história e realidade de vida provavelmente difíceis – disse.
No entanto, apesar das conversas sobre a audiência estarem avançadas, as entidades que lutam pelos direitos da comunidade LGBT, uma das principais interessadas no assunto, tendo em vista que muitas travestis trabalham no ponto, ainda não foram informadas. O presidente do Fórum LGBT da Baixada Litorânea e do grupo Iguais de Cabo Frio, Rodolpho Campbell, informou que participará do encontro mesmo que o convite não chegue nos próximos dias.
– Como legislador, ele deve atuar em prol de todos. Quando um direito é ferido concordo com medidas de punição, mas os direitos humanos devem ser sempre garantidos. Não podemos também colocar todas como erradas e praticantes de atos libidinosos ou ilícitos sem uma averriguação melhor. Prostituição não é crime, se ele quiser mudar isso que ele se candidate a Câmara Federal. Enquanto isso, ele deveria se preocupar em trabalhar para desenvolver trabalhos com as travestis em busca de uma nova alternativa de trabalho para as mesmas. Elas não precisam de atendimento psicológico como soube que ele disse, mas de novas oportunidades de emprego e do fim da discriminação nas escolas, para que diminua a evasão – dispara.