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Presidente assina contrato com Butantan para vacina contra dengue

Presidente assina contrato com Butantan para vacina contra dengue

Investimentos iniciais serão de R$ 100 milhões, mas podem chegar a R$ 300 milhões

22 fevereiro 2016 - 15h15

A presidenta da República Dilma Rousseff assina na tarde desta segunda-feira (22) contrato entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para o desenvolvimento de vacina contra a dengue. Inicialmente serão investido R$ 100 milhões para os dois primeiros anos do estudo, mas o valor pode chegar a R$ 300 milhões. A estimartiva é de que a vacina esteja disponível em 2018.

O estudo será realizado pelo Instituto Butantan, que é vinculado ao governo de São Paulo. Os investimentos, de acordo com o Ministério da Saúde pode ser maior devido a previsão de recursos também do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (R$ 100 milhões), por meio de um contrato da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com mais R$ 100 milhões.

Testes – O montante inicial servirá para financiar a terceira e última fase de testes clínicos da vacina em voluntários, que teve início hoje. Neste primeiro dia, dez pessoas serão vacinadas contra a dengue e esta etapa funcionará para comprovação da eficácia da vacina.

Dois em cada três voluntários irão receber a vacina, enquanto o restante receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem o vírus, ou seja, sem efeito. Nem a equipe médica nem os participantes saberão se receberam vacina ou placebo. O objetivo é descobrir se quem tomou a vacina ficou protegido e se quem tomou placebo adquiriu a doença.

Recrutamento – Em São Paulo, 1,2 voluntários foram recrutados para o estudo inicial pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), maior complexo hospitalar da América Latina. A unidade será um dos 14 centros credenciados pelo Butantan para os testes, que devem envolver 17 mil participantes de 13 cidades do país. A estimativa é de que o teste clínico dure um ano e que a vacina esteja disponível no país a partir de 2018.

A vacina contra a dengue tem potencial para proteger contra os quatro vírus da doença com uma única dose. A vacina é produzida com vírus vivos, mas geneticamente enfraquecidos. Com os vírus vivos, a resposta imunológica é maior, mas a forma é atenuada, não há potencial para provocar a doença. Os participantes vão ser acompanhados por um período de cinco anos para se verificar a duração da proteção oferecida pela vacina.

 

*Com informações da Agência Brasil.