Ao que parece, não será por conta da crise financeira que Cabo Frio terá uma passagem de ano com menos brilho. Embora ainda trate o assunto com cautela, a prefeitura já está em fase de planejamento para a tradicional queima de fogos do réveillon na cidade, espetáculo anualmente testemunhado por centenas de milhares de pessoas nos primeiros minutos do ano novo.
O secretário municipal de Eventos Édson Leonardes não confirma a festividade e comentou com a Folha dos Lagos que o município ainda está buscando a ajuda de parceiros privados que ajudem a bancar o evento. Ele acredita que, apesar das dificuldades financeiras, turistas e moradores ficariam ‘desapontados’ caso o espetáculo pirotécnico, que este ano durou 17 minutos, não aconteça.
– Infelizmente todo o Brasil está sofrendo demais com essa crise e essa questão da Petrobras afeta diretamente o nosso município. Por outro lado, sabemos que a cidade recebe mais de um milhão de turistas e tem o que consideram o segundo melhor réveillon do estado. Evidentemente não podemos deixar que essas pessoas venham aqui e que não tenha a festa – admite Leonardes.
Questionado sobre qual contrapartida a empresa que resolvesse patrocinar a queima de fogos teria do município, o secretário não entrou em detalhes.
– Temos que buscar soluções. Estamos buscando por esses dias a resposta para esses patrocínios. Estamos avaliando de que forma, dentro da legalidade, poderiam ser exploradas as marcas dessas empresas – limitou-se a dizer.
Apesar disso, segundo informações de fontes ligadas à Capitania dos Portos da região, os preparativos estão mais avançados do que o secretário de Eventos revelou em suas declarações.
Uma reunião com todos os envolvidos na organização da festa será realizada na próxima segunda-feira, dia 30. De acordo com o que a Folha conseguiu apurar junto à autoridade marítima já foi pedida uma autorização para o uso de balsas na Praia do Forte (5 ou 6), em Unamar (duas) e no Peró (uma), número semelhante ao do ano passado. A quantidade de fogos de artifício, no entanto, não foi divulgada, mas para efeito de comparação, na virada para 2015, foram disparadas 21 toneladas.