Apesar do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) ter mostrado uma queda da cesta básica nas capitais, a realidade em Cabo Frio não parece ser a mesma. Os consumidores reclamam dos altos valores cobrados nos alimentos essenciais e do preço da cesta: em torno de R$ 80. Os mercados rebatem ao afirmar que realmente houve uma queda de 5%.
A autônoma Rosemary Gomes, 49, mal consegue perceber a diferença na hora de fazer as compras do mês.
– Está um horror. Não vejo nada que esteja mais barato. Aliás, se o preço está mais baixo, não dá nem para perceber a diferença. As coisas essenciais, ironicamente, são as mais caras: arroz, feijão... Está tudo absurdo – dispara.
A terapeuta capilar Mary Nozaly, 55, não costuma comprar arroz e feijão – até porque são comidas saem caras no fim do mês, segundo ela.
– Aumentou feio, isso sim. Não compro muito os produtos como feijão e arroz, mas sei que estão caros demais. Os cereais também têm um preço muito alto. E creio que demorará para eles abaixarem – diz.
Quem percebeu a queda de alguns alimentos foi a personal trainer Fátima Oliveira, 60, mas que também ressalta que os valores de outros produtos aumentaram.
– Esse mês deu uma baixada em algumas coisas. O tomate, que chegou a custar R$ 8, está com um preço bom: R$ 2. O feijão também caiu. Mas, normalmente, um produto tem um preço mais barato, mas o outro compensa – afirma.
De acordo com o gerente do Econômico, Fábio Silva, 45, o produto que abaixou a média da cesta básica no mês passado foi o feijão.
– Em dezembro, o valor da cesta aumentou. No último mês, caiu novamente. O preço caiu por causa do feijão. Antes, o feijão custava R$ 7 e agora está a R$ 4. Isso levou a média lá para baixo.
Os gerentes afirmaram que os preços subiram em dezembro do ano passado. Eles consideraram o movimento como bom em janeiro, mas não apenas pela queda no preço: também pelo movimento de turistas na cidade.