GABRIEL TINOCO
O vereador Vanderlei Bento (PSDB) encaminhará um ofício para as polícias Militar e Civil na segunda-feira para por fim ao ponto de prostituição no Parque Riviera, em Cabo Frio, próximo ao Terminal Rodoviário Alexis Novellino. Ontem, Vanderlei Bento também prometeu entrar em contato com a Secretaria de Assistência Social para dar apoio às prostitutas.
– Não sou um inimigo das prostitutas. Vou buscar acompanhamento psicológico para inseri-las socialmente. Não podemos somente acusá-las. São pessoas traumatizadas, rejeitadas pela sociedade. Na próxima segunda, encaminharei um ofício para o 25º BPM e para a delegacia de Cabo Frio para que descubram quem é que está por trás disso tudo. As pessoas têm medo de denunciar os agenciadores, mas meu compromisso não é com eles, e sim com a sociedade – declarou.
O vereador dá inúmeras justificativas: alega que o ponto de prostituição desvaloriza os imóveis, aumenta o tráfico de drogas no local e, consequentemente, gera insatisfação entre moradores.
– Do jeito que está não pode continuar. Os moradores reclamam muito de sexo em ambientes públicos, de pessoas com peitos de fora e de tráfico de drogas, que não havia até então no local – comenta.
Vanderlei ainda lembrou da proximidade da rodoviária, onde turistas desembarcam diariamente para conhecer a cidade.
– Um exemplo: um turista chega na rodoviária da cidade e a primeira imagem que ele vê é um ponto de prostituição. Esse turista não terá um ordenamento positivo do município. Além disso, há queixas constantes de tráfico de drogas, o que nunca tinha sido reclamação naquelas áreas. Uma cidade que considero um paraíso não pode se transformar de uma hora para a outra – afirma.
Depois que Vanderlei postou a medida em uma rede social, alguns seguidores questionaram a legalidade da ação com alegações de que a prostituição não é crime. O vereador, no entanto, contra-argumentou dizendo que há agenciamento dos programas sexuais, o que não é permitido pela lei.
As prostitutas começam a trabalhar por volta das 19h30, horário em que o comércio ainda está em funcionamento, o que, segundo lojistas, afasta os clientes.
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