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Políticos da cidade se preocupam com possível retorno de votação em cédulas

Reprovação quase unânime nas lideranças de Cabo Frio

03 dezembro 2015 - 10h01

Em se tratando de política, dificilmente se constroi um con­senso, se o assunto em questão não for do comum interesse do grupo. Mas a notícia veiculada nos últimos dias sobre a possibi­lidade de as eleições do ano que vem voltarem para o antigo for­mato das cédulas de papel, por cortes no orçamento de 2016 da Justiça Eleitoral, ganhou a re­provação quase unânime entre as lideranças de Cabo Frio.

Modelo seguido em outros ­países, o pleito em urnas ele­trônicas começou no Brasil em 1996. Suspeitas à parte, acabou se tornando referência em rapi­dez e credibilidade. Característi­cas que muitos temem que sejam perdidas em uma eventual ‘volta ao passado’, caso do deputado estadual Janio Mendes (PDT).

– É um retrocesso. As urnas eletrônicas representam o maior avanço da democracia brasilei­ra. É preciso, nesse momento, aprimorá-la com a impressão do voto. Retornar à cédula de papel é voltar a um tempo em que os coronéis controlavam os votos – comentou o vice-líder do gover­no na Assembleia Legislativa.

Do corte de mais de R$ 10 bilhões estipulado pela União para o ano que vem, cerca de R$ 1,7 bilhão atingirá o Poder Judiciário, dos quais R$ 430 milhões se referem à Justiça Eleitoral. Do mesmo partido da presidente Dilma Rousseff, o vereador Eduardo Kita diz que compreende o momento difícil, mas que não concorda com os cortes nesta área.

– A gente entende, que numa situação de crise como essa haja cortes, mas não na questão da Justiça Eleitoral, com as urnas eletrônicas – acredita.

Para seu colega de Câmara, Vinícius Corrêa (PP), o gover­no federal não tomou as medi­das necessárias de contenção de despesas e, por isso, com a possibilidade da volta do voto em papel, vê a credibilidade da próxima eleição ‘em xeque’.

 – O processo eleitoral brasi­leiro avançou muito, mas ainda precisa de acertos na minha opi­nião. A questão do voto impres­so seria muito importante para garantir a lisura do pleito, agora a volta às cédulas é um retroces­so total. Não dá para acreditar num pleito que não seja na urna eletrônica – avalia.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta-feira (3)