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Polícia prende servidores municipais em Arraial

Três funcionários da Coordenadoria de Posturas são acusados de cobrar propina

25 julho 2019 - 09h02
Polícia prende servidores municipais em Arraial

Policiais civis da 132ª DP (Arraial do Cabo) realizaram ontem a ‘Operação RPG’, que resultou no cumprimento de três mandados de prisão preventiva contra servidores municipais da Coordenadoria de Posturas, que é ligada à Secretaria Municipal de Segurança Pública. Um dos presos possuía um alto cargo no setor.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação apontou que, desde 2016,  o trio cobrava propina de comerciantes em troca de concessões e renovações de licenças. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas casas dos servidores presos e na sede da Postura. Na ação, foram apreendidos computadores, celular, carimbos e documentos, que estavam dispostos em pastas, que formaram três grandes pilhas em uma mesa da delegacia. As pastas estavam identificadas com os nomes de bairros de Arraial e organizadas por ordem alfabética. 

Os três vão responder pelo crime de concussão por 13 vezes, que é a obtenção de vantagem indevida para si ou para terceiros por funcionários públicos; além de coação ­do curso de processo (intimidação de vítimas) por duas vezes e associação criminosa.

A Prefeitura de Arraial do Cabo manifestou-se oficialmente sobre o caso e informou que “o município, em paralelo ao inquérito policial aberto, vai instaurar uma sindicância para apurar os atos para verificar possíveis desvios de conduta de funcionários, em paralelo com as investigações da polícia”.

O texto diz ainda que, “por determinação do prefeito Renatinho Viana, o funcionário envolvido foi afastado até que se conclua a apuração administrativa” e que “o prefeito e o Secretário de Segurança Pública, Heitor Sodré, reiteram que todas as medidas serão tomadas e que repudiam qualquer comportamento inadequado por parte dos funcionários”. 

Por fim, a Prefeitura se colocou à disposição “para esclarecer qualquer dúvida aos órgãos competentes e colaborar com as investigações”.
A operação foi batizada pela polícia de RPG por causa do nome da técnica de reeducação física que serve para corrigir problemas de postura.