A paralisação parcial da Guarda Municipal de Cabo Frio por causa dos atrasos salariais tem proporcionado o cenário ideal para crimes contra o patrimônio público. Os alvos da vez, na madrugada de anteontem, foram as sedes da Prefeitura e da Câmara dos Vereadores que tiveram arrancadas das suas fachadas as placas de bronze que representam o brasão municipal.
Não são casos isolados. Há cerca de dez dias, foram furtadas duas placas de bronze do obelisco que fica na Praça Porto Rocha. Do mesmo local, dias depois, foi levado o busto do ex-prefeito Francisco Paranhos. A base sobre a qual ficava a escultura foi pichada. Além disso, uma placa que ficava no canteiro central da Avenida Nilo Peçanha, a menos de 50 metros da Praia do Forte, também sumiu recentemente.
A polícia investiga os casos. O titular da 126ª DP (Cabo Frio), delegado Carlos Abreu, afirmou que está em busca de imagens de câmeras de segurança e de testemunhas que ajudem a solucionar os crimes.
– Começamos a investigar agora, mas acredito que esses furtos possam estar ligados a ferros-velhos, que podem estar recebendo esse tipo de material – acredita o delegado.
No mercado de sucata, segundo a Folha apurou, o quilo do bronze é vendido, em média, a R$ 7. De acordo com o delegado Carlos Abreu, quem for flagrado comprando as peças roubadas será enquadrado no crime de receptação, cuja pena é de um a quatro anos de prisão, em caso de condenação. Já o crime de furto pode levar de um a cinco anos de cadeia.
Prefeitura se manifesta – Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio informou que ‘as medidas para o ato de vandalismo já foram tomadas’. De acordo com o texto, a administração municipal fez um boletim de ocorrência e agora aguarda que sejam localizados os indivíduos que causaram o dano aos patrimônios públicos.
Sobre a Guarda, a Prefeitura disse que em todos os locais citados pela matéria estão presentes os agentes municipais, de forma física ou rotativa.