Denúncia aponta que bando liderado por Hugo Jorge também fazia ameaças e encomendava assassinatos
Uma operação conjunta entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Federal e a SEAP, deflagrou, na manhã desta sexta-feira (19), a Operação Ali Babá. O objetivo é cumprir mandados de prisão preventiva contra 11 pessoas envolvidas em um esquema de roubo, receptação e desmanche de carros, além de cumprir 15 mandados de busca e apreensão . Segundo a denúncia, um dos acusados é Hugo Jorge de Almeida Gonçalves - ele é o diretor de serviços da Comsercaf, e não o presidente, conforme divulgado anteriormente.
Hugo é apontado como líder do bando, que atuava no Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense e na Região dos Lagos, em especial nas cidades de Campos dos Goytacazes, Macaé, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio. Eles são acusados pelos crimes de organização criminosa (milícia), latrocínio, roubo, peculato e adulteração de sinal de veículo automotor.
Conforme a denúncia, os integrantes praticavam roubos, além de furtos de veículos e caminhões, visando à posterior revenda para ferros-velhos e receptadores na região de Campos, sempre mediante graves ameaças com o uso de armas. Também eram praticados roubos a casas lotéricas e homicídios encomendados.
As investigações tiveram início a partir de um latrocínio cometido em julho de 2004, na rodovia RJ-124 (Via Lagos). Dois policiais militares transportavam R$ 6 milhões, a serviço da Trans Expert Vigilância, a bordo de um Toyota Corolla, quando foram abordados a tiros de fuzil disparados por membros da milícia. Valério Albuquerque Mello Filho, que dirigia o veículo, morreu. O outro PM se jogou do carro em movimento e escondeu-se no mato, escapando dos disparos. Do total transportado, R$ 4 milhões foram roubados.
A operação conta com a participação de 85 homens e 25 viaturas das Polícias Civil, Militar e Federal.