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Pescado de Cabo Frio pode abastecer as Forças Armadas

Município pode fornecer alimentos para tropas do país

30 junho 2017 - 08h13Por Rodrigo Branco I Foto: Divulgação
Pescado de Cabo Frio pode abastecer as Forças Armadas

Possivelmente, dentro de algum tempo, o pescado servido aos sol­dados e marinheiros brasileiros pode sair da costa de Cabo Frio. Em julho, na capital, o município vai participar de uma degustação junto às Forças Armadas, que decidirão sobre a compra de produtos agrí­colas para seus quarteis. O objeti­vo é incluir a cidade no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e fornecer alimentos da agricultu­ra familiar cabofriense para órgãos federais.

A modalidade prevê a compra por meio de chamadas públicas, com recursos dos próprios órgãos, o que dispensa o processo de licita­ção. A superintendência municipal de Pesca e Aquicultura aposta no modelo para estimular os pequenos produtores e a pesca artesanal.

A primeira etapa do processo de escolha aconteceu anteontem, no Centro de Instrução Almirante Gra­ça Aranha, no centro do Rio. Para a primeira avaliação, a comitiva cabofriense levou seis espécies de peixes, entre elas anchova e pargo. De acordo com o superintendente Alexandre Marques, além do aspec­to do produto, foi avaliada inicial­mente a capacidade do município de fornecê-lo em grandes quantida­des. Ele gostou do que viu.

– A receptividade foi muito boa, porém como eles nunca tinham visto os nossos peixes, será feito um levantamento ainda nesse mês, quando vai acontecer uma degusta­ção. Eles querem saber se podemos fornecer em quantidade, mas temos um gargalo, que é a sala de benefi­ciamento. Para esse ano acho que é difícil sair – comenta.

O superintendente se refere a um galpão para a descarga do pescado. O espaço permitirá a venda de toda a produção pela cooperativa de pes­cadores (Coopescaf) sem intermedi­ários e atravessadores. A cessão do terreno, na Gamboa, foi aprovada na terça-feira pela Câmara dos Verea­dores, mas a financiadora do proje­to, a Petrobras, só deve começar as obras no começo de 2019.

– Entendemos que esta iniciativa auxiliará no fomento da nossa eco­nomia, gerando emprego e renda para as famílias, estimulando os processos de agregação de valor à produção – disse o presidente da Câmara, Aquiles Barreto (SD).

Até lá, a solução seria a constru­ção de um galpão menor, apenas para atender ao PAA. Os recursos, da ordem de R$ 140 mil, viriam de verbas compensatórias de outro pro­grama da estatal petrolífera, no caso, a instalação de tubulações na Rota Cabiúnas, para o campo de Libras.