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mortandade

Peró registra nova mortandade de peixes

Biólogo diz que causa é o descarte dos pescadores do município

05 maio 2016 - 10h26Por Gabriel Tinoco
Peró registra nova mortandade de peixes

Peixes mortos atraem urubus no Peró; segundo biólogo, espécies são consequência do descarte da pesca, sem relação com tragédia em MG (Arquivo Pessoal)

Após novo aparecimento de peixes mortos na Praia do Peró, Eduardo Pimenta afirma que é apenas descarte da pesca. O biólogo afirma que espécies sem valor comercial são mortas e jogadas de volta para o mar. Ele desconsidera qualquer chance da alta mortandade ter a ver com o desastre em Mariana (Minas Gerais) ou com poluição do oceano.

– São peixes pequenos que chegam na praia. A única explicação plausível é descarte da pesca. Normalmente, a espécie tem valor comercial, mas é pequena e acaba sendo descartada – afirma o biólogo, que também cita o exemplo da Praia do Forte.

– Na Praia do Forte, há um monte de barcos parados esperando para iscar na zona oceânica a sardinha viva. No cercar da sardinha, esses peixes são capturados e descartados. Eles batem na rede, se machucam, morre e afundam.

Eduardo Pimenta, no entanto, vê a ação dos pescadores como normal no litoral cabofriense.

– Na verdade, é uma captura incidental, um ato bem comum. Seria ruim se fosse uma espécie em extinção como tartaruga, albatroz... Não deixa de ser um impacto negativo, mas muito mais brando do que outras coisas.

De acordo com testemunhas, moradores do Peró estavam pegando os peixes mortos para comer. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) já informou que tomará as providências necessárias.

No primeiro aparecimento de peixes mortos, os boatos da relação com o desastre de Mariana logo foram desmentidos pelo biólogo Eduardo Pimenta.

– Há muitas barreiras oceanográficas para os peixes chegarem aqui – concluiu o biólogo.