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Peixes na areia do Forte em discussão

Especialistas apontam necessidade de educação ambiental para pescadores da região

01 setembro 2015 - 09h54
Peixes na areia do Forte em discussão

NICIA CARVALHO E RODRIGO BRANCO

Talvez a cena mais impactante vista na cidade durante o último fim de semana, a enorme quantidade de peixes mortos à beira do mar na Praia do Forte, expõe um problema ambiental até então deixado em segundo plano: a falta de políticas públicas para a atividade pesqueira. Isso porque a situação foi provocada pelo descarte dos animais, das espécies baiacu e coió (peixe-voador), consideradas de baixo valor comecial, em alto-mar, de onde foram arrastados para terra firme pelas correntes marinhas. Segundo o ambientalista Daniel Ribeiro, falta educação ambiental aos trabalhadores.
– É preciso trabalhar a sustentabilidade da pesca, pois se continuar o que acontece hoje, essa pesca predatória, com rede de arrasto, que é um dos principais fatores da redução da bbiodiversidade marinha. Desse jeito, vamos ver em um futuro bem próximo a decadência de uma das principais profissões da nossa região – lamenta.
Na opinião do professor e biólogo Eduardo Pimenta, a questão deve ser analisada sob diversos pontos de vista.
– Isso mostra que estão capturando exemplares juvenis que não estão desovando e, portanto, comprometendo o futuro da espécie. Além disso, tudo indica que essa é uma pesca que esteja sendo feita com uma rede mais fina que o permitido. Fora isso, esses peixes poderiam ser doados para consumo de instituições de caridade, pois têm grande valor nutritivo. Além do risco de lesões que os espinhos do baiacu representam para os banhistas – enumera.

*Leia matéria completa na edição imprensa da Folha desta terça-feira.