Desde que a segunda etapa da Operação Dominação foi deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, há seis dias, muita gente perdeu o sono não apenas em Arraial do Cabo, principal palco das investidas policiais, como em Cabo Frio e nas cidades vizinhas.
No que depender da disposição do promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Marcelo Arsenio, muita coisa ainda vai acontecer além das prisões e apreensões realizadas até agora. Como um novelo de lã que se desfaz, a investigação tomará novos rumos de acordo com os documentos e computadores encontrados nessa segunda etapa. De acordo com o promotor, vem mais mais por aí.
– Sem dúvida, quem estiver envolvido e não foi preso até agora deve ficar preocupado – afirma Arsenio.
Folha dos Lagos – Após as prisões (oito mandados cumpridos) e o sequestro dos bens da quadrilha (mais de R$ 20 milhões em carros, imóveis e terrenos), quais os próximos passos da operação?
Marcelo Arsenio – Na verdade, a documentação que foi apreendida vai ser objeto de análise da Polícia Federal. Mas nada que vá ser feito de maneira açodada ou com precipitação. Tanto que essa segunda etapa veio depois de meses, dos desdobramentos da 1ª fase, realizada em janeiro. Será feita uma perícia e a análise propriamente dita dos documentos demora. Não é nada de forma imediata.
Folha – Mas em relação ao que o senhor já teve acesso, o que mais te chamou a atenção?
Arsenio – Para falar a verdade, ainda não tive acesso a nada. A operação foi feita na quinta-feira; na sexta, foi véspera de fim de semana e agora que tudo será analisado. Estamos aguardando a decisão do juiz quanto às transferências do Chico e do Cadu Playboy para presídios federais e aguardando a captura dos três foragidos. A Polícia Federal vai focar na investigação,
Folha – E como está a situação da transferência do Chico e do Cadu Playboy?
Arsenio – A transferência do Chico está no âmbito da Operação Dominação e a autorização do juiz deve acontecer nos próximos dias. Já a do Cadu está em outro processo, referente à Operação Constantino, realizada em outubro. Cadu e outros dois réus com quem ele falava já foram transferidos para o presídio de segurança máxima de Bangu I.
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