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OPERAÇÃO

Operação conjunta da Polícia Civil e MP prende quinteto acusado de fraudes na saúde do Rio de Janeiro

Grupo atua na organização social Iabas

23 julho 2020 - 11h33Por Agência Brasil

Uma operação conjunta envolvendo agentes da Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro  (MPRJ) prendeu cinco pessoas acusadas de fraudes na saúde fluminense na manhã desta quinta-feira (23).

De acordo com o MPRJ, o quinteto fazia parte de uma organização criminosa que atua na organização social (OS) Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), que tem contratos para gestão de unidades de saúde no estado.

Entre os presos está o empresário Luis Eduardo da Cruz, acusado de ser administrador oculto da Iabas, sua esposa, Simone Amaral da Silva Cruz, e o meio-irmão dele, Marcos Duarte da Cruz, além de Adriane Pereira Reis e o empresário Francesco Favorito Sciammarella Neto.

Mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados e de outros fornecedores da OS também foram cumpridos durante a operação.

Segundo o MPRJ, o Iabas foi estabelecido com o “falso argumento de prestar serviços públicos de saúde”, mas, na verdade, era utilizado “para o cometimento de centenas de delitos de peculato e lavagem de dinheiro”.

Ainda de acordo com o Ministério Público, à frente do Iabas, o grupo superfaturava contratos de serviços e aquisição de bens e repassava esse dinheiro para os acusados por meio de empréstimos simulados, transações financeiras estruturadas e pagamentos de cheques fracionados.

O Iabas também tinha contratos com os estados do Rio de Janeiro e de Mato Grosso do Sul, além da prefeitura de São Paulo.

Em nota, o Iabas informou que a operação de hoje não se refere a contratos com os governos do Rio, de Mato Grosso do Sul e a prefeitura de São Paulo, mas apenas a contratos com a prefeitura, que não estão mais vigentes. Além disso, disse que Luis Eduardo Cruz não tem mais relação com a organização social e que o Iabas desconhece qualquer contrato com empresas ligadas à família dele.

“O Iabas está colaborando com as autoridades, mas ressalta que mantém estritos padrões de comportamento ético e legal e que presta regularmente conta de suas ações aos órgãos de controle das entidades contratantes e aos tribunais de Contas. Todas as suas prestações de contas relativas aos contratos com a prefeitura do Rio foram aprovadas, apenas as informações de 2019 ainda estão sob análise. O instituto aguarda o desenvolvimento das investigações para saber o que há de concreto nas ilações apresentadas pelo Ministério Público do Rio”, diz o comunicado.

Também em nota, a prefeitura do Rio informou que, desde abril de 2019, não tem mais contratos com o Iabas, devido à desqualificação da OS por “má gestão dos recursos públicos” e “desassistência aos usuários”. A prefeitura disse ainda que multou o Iabas em R$ 27,9 milhões.